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27 janeiro 2006

Como ser um sniper

Lição nº1: a escolha do nome

No mercado actual, que se pauta por uma elevada concorrência, um dos factores distintivos mais importantes para um sniper é o seu nome (ou nickname). O nome de um sniper deve inspirar confiança nas suas chefias (caso se trate de um sniper por contra de outrem) ou nos seus contratantes (caso se trate de um sniper a recibo verde) e deve impor medo ao inimigo em geral, ao alvo em particular e também aos nativos de Capricórnio. Bons exemplos são os conhecidíssimos “Zé sniper”, “Carlos sniper Gomes”, “El Esnáiper de la Mancha” ou “Terror da Buraca”.

A pergunta que se colocará nas vossas mentes será “como fazer para conseguir engendrar um nome de tamanho gabarito?”. Pois isso não vos consigo ensinar. Mas posso-vos alertar para alguns erros básicos que devem evitar.

Os três atributos/competências chave num sniper são: camuflagem, visão e nervos de aço. Por isso, ao criar um nome, o jovem aspirante a sniper deverá evitar incluir no seu nome qualquer palavra que sugira (mesmo que ligeira ou implicitamente) um fraco desempenho nesses domínios. Serão, portanto, de evitar nomes como “o lantejoulas”, “brilha no escuro”, “mister fúcsia”, “o míope”, “zarolho de Elvas”, “o daltónico da zona sul”, “multiópticas man”, “dedo trémulo” ou “capitão xanax”.

Nomes presunçosos como “o melhor”, “best of Cacilhas” ou “number one” também são de evitar. Normalmente, quando um sniper se intitula o melhor, surgem sempre jovens pretendentes ao título que acham que a forma mais rápida de subir na carreira é matar o melhor. Sobrevive-se a um e logo surge outro, e mais outro e nunca mais se sai disso. Para além de, quando se sobreviver, este ciclo vicioso se tornar algo monótono, nunca mais se pode ver a novela descansado pois os jovens snipers não escolhem hora para assassinar nem respeitam os acordos da contratação colectiva quanto às horas de descanso.

Um último reparo prende-se com a individualidade que se pretende num sniper. Nomes apelativos e clássicos como “olho de águia” ou “olho de falcão” já estão mais do que batidos. Aliás, se se derem ao trabalho de perder uma tarde para ir ao cartório ver os registos de nomes de snipers, verificam que o olho de falcão já vai em 327 registos e olho de águia em 213. Há que convir que não é muito aliciante para um cliente contratar o sniper “olho de águia #153”. Que garantias tem ele de que o amigo que lhe deu a referência não o terá confundido com o “olho de águia #135”?

E por hoje é tudo.


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4 Comments:

At 8:34 da tarde, Anonymous Anónimo said...

passou-se....

olha lá e se fosses dar umas corridinhas quando te sobra o tempo?!
Que eu saiba o peneuzinho não é um atributo de sniper...

 
At 1:06 da tarde, Blogger TheOldMan said...

Não ligues, Sniper.

O pneuzinho é sempre bom para um tipo se encostar ao parapeito da janela, quando vai fazer mira sobre o seu "cliente".

Evita também "gatilho de veludo", "coronha de ouro" ou "rei da retícula"...

Abraço.

;-)

 
At 8:03 da tarde, Blogger naked sniper said...

nuno,

pneus tenho no carro e na mota

e dou-te uma abada anytime, anyplace, any sport (excepto natação)

 
At 8:03 da tarde, Blogger naked sniper said...

Old Man,

sábios conselhos, como sempre

 

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