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27 janeiro 2006

Era um assunto para a mesa do canto, fáxavor

É tramado mas, depois das presidenciais, ando com uma grave crise de falta de assunto.

Durante a campanha, não passava um dia sem algum candidato dizer alguma coisa disparatada, parva, provocatória ou apenas imbecil. E, assim, eu tinha sempre assunto. Depois das presidenciais (e excepto o poste de análise pós-traumática), a coisa tornou-se muito mais complicada.

Claro que podia começar aqui a falar do tempo, a comentar que “está frescote”, que “nunca mais vem o tempo quente” ou que “este ano temos tido um frio mais seco que o habitual, que dá cabo dos ossos e estraga a pele”. Mas não vou por aí. Como não percebo nada de meteorologia, ortopedia ou dermatologia, corria o sério risco de dizer algo disparatado, parvo ou imbecil.

Agora aqui vocês podiam pensar “Ah, mas também não percebes nada de política e fartas-te de postar e opinar sobre isso”. Ao que eu teria que responder “É verdade, mas para falar de política não é preciso perceber. Vejam a maioria dos nossos políticos”. E depois vocês diriam “Está certo, mas tu não andas por aí de fato e gravata em altos almoços e jantares por conta dos contribuintes e não apareces na TV a dormir ou a ler o jornal durante as sessões parlamentares”. Nessa altura eu, à falta de argumentos, insultava a vossa imbecilidade e tentava mudar de assunto.

Assim, a forma mais simples e menos trabalhosa de dar a volta à falta de assunto é ir dar uma olhadela ao Tracker e ver as buscas que têm vindo dar a este tasco. Tirando alguém que veio cá ter em busca de “Isabel Figueira nua” (desculpa lá o engano), despertaram-me a atenção duas buscas que vieram cá dar com o texto “como se tornar um sniper” e “como ser um sniper”. Foi aí que eu vi a luz.

Visto que andam por aí tantos jovens perdidos (dois) e desorientados porque têm o sonho de se tornarem snipers e não sabem como o fazer, achei que eu, como sniper no topo da carreira (escalão H) tinha o perfil adequado e o dever patriótico para os ajudar a realizar o seu sonho. Assim, decidi iniciar neste blog uma nova rubrica intitulada “Como ser um sniper”, em que irei partilhar com todos os interessados (e também com os desinteressados, porque eu sou uma “giving person”) todos os meus conhecimentos e experiência nesta nobre arte de matar pessoas à distância.

Se tudo correr bem, daqui a uns meses uma qualquer editora de referência contacta-me para publicar as minhas dicas em livro. Daí até aparecer num reality show da TVI e tornar-me um ídolo de massas e Rei do Carnaval da Mealhada (o meu sonho desde criança) será um pequeno passo.


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