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22 fevereiro 2006

Ainda o anonimato

Tudo começou com a 2ª lei do Abrupto sobre os debates na blogosfera, que dizia que a ferocidade dos comentários era proporcional ao anonimato.

Eu contestei esta presunção de que os nick names seriam apenas uma forma de obter impunidade através do anonimato com base em 2 argumentos essenciais:
1. os nick names têm origens muito específicas e a sua manutenção tem a ver muitas vezes com uma questão de identificação pelos outros (o que terá um efeito precisamente oposto ao que indica JPP)
2. para qualquer pessoa anónima (ao contrário do que sucede com JPP, VPV e outros conhecidos bloggers) é precisamente igual assinar com o nome ou com um nick

Na caixa de comentários, o Nuno veio contrapor e apresentou 2 argumentos essenciais:
1. que só era contra os nicks (e pressupunha que era essa a questão do JPP) nos comentários e fóruns de opiniões, que nos blogs cada um podia assumir o nick que quisesse.
2. que, numa discussão, não é só a opinião que conta, mas que a identidade de uma pessoa (o nome que está no registo civil) é o instrumento mais poderoso para a sua valorização.

Ora (e fazendo jus à lei do Abrupto que diz que o que importa não é a posição, mas a contradição), os primeiros argumentos acabam por ser algo contraditórios. Se a ideia é reforçar a opinião com a identidade da pessoa, parece-me que essa opinião fica mais reforçada tendo como emissor um blogger, que terá um blog onde exprime as suas ideias, do que apenas um nome (por mais verdadeiro e português que seja) sem mais nenhuma referência. Qualquer pessoa que leia um comentário meu num outro blog pode depois seguir o link para este (através do meu perfil) e vir descobrir as opiniões aqui manifestadas, ficando assim a conhecer-me melhor e a poder validar aquela opinião específica com tantas outras que por aqui deixo. Se eu assinar os comentários com o meu nome verdadeiro, tendo aqui um blog com um nick, estarei nesse caso sim a assinar como anónimo, porque será apenas um nome sem qualquer referência.

Quanto ao 2ºargumento, vou só dizer que esta questão da identificação é como as marcas nos produtos. A longo prazo, se nós experimentarmos vários produtos, acabamos por preferir aqueles que nos satisfazem mais. A marca, ao identificar o produto, reduz a incerteza do comprador. A identidade dos emissores de opinião funciona da mesma forma. Tal como a um produto certificado ou a uma marca conhecida, a um opinador conhecido nós damos maior credibilidade à partida, enquanto que a um anónimo nós colocamos sempre algumas reservas ao início e precisamos de conhecer várias das suas opiniões até as conhecermos de forma a podermos classificá-las de boas ou más. Eu já construí (em quase 3 anos de actividade blogadora) uma identidade neste meio.

Depois a questão é essencialmente a notoriedade. No meu blog alguma vez veio cá algum incógnito fazer comentários parvos? Só o Nuno. As pessoas conhecidas de outros meios, ao vir para a blogosfera tal como ao ir a um restaurante ou à praia, são logo reconhecidos. Esse reconhecimento tem aspectos positivos e aspectos negativos. O aspecto positivo é que conseguem logo maior atenção (seja essa atenção as perguntas de uma qualquer reportagem da Caras que ignora os anónimos que também estão na Lux ou um número de visitas extraordinário logo no primeiro poste que diz apenas “cheguei”), o aspecto negativo é que atraem chatos e grunhos (seja na Lux seja nos comentários). Por alguma razão, o JPP não tem comentários no Abrupto.

Eu, por mim, mantenho a minha opção e continuo a acreditar nela. A minha pessoa tem várias dimensões e assume diferentes identidades em vários meios (sou o sniper na blogosfera, o Tomané em casa, o prof. coiso na escola, o Toni ou o coiso para os amigos e o Super-Homem quando ando a combater o crime).

Já agora, vejam este poste do Harry Lime, com o qual concordo plenamente e que me parece complementar ao que aqui digo.

Nota final: isso da afectividade ser um argumento tosco é a tua opinião e é, ela sim, bastante tosca. A afectividade será, acima de todos os outros, o argumento mais válido para se manter um nick name ou uma alcunha. Mas isso ultrapassa a mera racionalidade, pelo que não será (para já) aqui discutido.

Acrescento: ver também este poste da Constança Cunha e Sá. Mais conciso não se encontra.


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12 Comments:

At 11:17 da manhã, Blogger TheOldMan said...

Há algo aqui que não bate bem.

O facto de figuras públicas de "2ª Linha", tipo Pacheco, Marcelo ou Magalhães (LoL) virem para a blogosfera puxar lustro ao ego, criando circulos de pessoas ansiosas de se identificarem com eles, não vai de modo algum alterar os factos.

1ª Lei de TheOldMan - Na blogosfera (e na Net em geral) não existem leis nem regras, as únicas aplicáfeis são respeitantes ás limitações físicas/virtuais do meio.

2ª Lei de TheOldMan - Uma figura pública é isso mesmo; pública. E se abdicar da sua privacidade em prol da vaidade em ser reconhecido pode ir queixar-se ao Camões.

3ª Lei de TheOldMan - Um nome não significa nada se não for apoiado por um documento de identificação dentro da validade e com foto (BI ou passaporte).

Alínea única á 3ª lei - A primeira coisa que se deve considerar ao entrar num meio virtual é a prática de "Engenharia Social" por parte da maioria dos "habitantes".

4ª e última lei de TheOldMan - Todas as leis da Net (inclusive estas) são totalmente idiotas, pois nada existe para as apoiar; e uma lei sem apoio é conversa fiada.

Desculpa lá Sniper. Mas o conceito de "Lei" que esta malta tem sempre me fez rir.

Abraço
;-)

 
At 11:33 da manhã, Blogger naked sniper said...

Caro OldMan,

Isto nem encomendado sairia melhor

obrigado pela contribuição

 
At 3:09 da manhã, Anonymous Anónimo said...

sr. Sniper

Isto assim não tem piada…
Quando não se tem nada de novo a apresentar e se tenta mal interpretar os argumentos adversários ou mesmo estupidificá-los…

1. (blogger é melhor que apenas um nome) Mas onde é que eu disse que o nome não é de um blogger !!!(desde que a pessoa tenha um blog claro!)
Mesmo que a pessoa não tenha o profile no blogger pode perfeitamente aparecer nesses fóruns e deixar o link directo para a sua página (como eu faço sempre).
Aliás vou escrever isto em letras grandes para ser bem retido: SOU A FAVOR DE UMA BOA TRANSPARENCIA ENTRE A IDENTIDADE DO OPINANTE E A IDENTIDADE DO CIDADÃO. Isto inclui como é óbvio a correcta identificação das suas opiniões (quer seja no seu blog, no blog de outros ou em qualquer outro média ou circunstancia).
Acho que esta forma de lançar a confusão sobre os argumentos não dignifica em nada a discussão. Eu faço um esforço honesto para perceber o teu ponto de vista e responder a ele sem subterfúgios.
Se calhar por isso JPP decidiu escrever as suas leis da discussão na blogosfera.

2. Se tu te queres chamar naked sniper por razoes de marketing (para criar uma marca reconhecível, diferente de António Calheiros) estás no teu direito. O que eu não concordo é que faças um corte entre o teu papel de cidadão activo e com opiniões na Internet e o resto da tua vida. Porque apesar de cada um de nós te chamar de maneira diferente, conforme a relação – tomané, António, Prof. Calheiros, Calheiros – todos nós te identificamos facilmente como o António Calheiros.
Acima de tudo porque acredito na importância desta possibilidade de democracia participativa, que vai além do simples voto colocado sazonalmente na urna.
Acho que ao participarmos neste tipo de fóruns estamos em certa medida a regressar à origem ateniense de uma participação abrangente dos cidadãos. É uma possibilidade dada pelos média, mas sobretudo pela Internet.

É obvio que a maioria de vós não se identifica em nada do que eu estou a falar. Pensam que este problema é para uma elite bem falante de Lisboa. Querem fazer o que gostam de fazer nos blogs, ocasionalmente dar uma perninha nesta ou naquela discussão e voltar imediatamente para o que estavam a fazer.
Mas do meu ponto de vista é pena que de vez em quando não entendam isto como um acto de cidadania total, sem marketing, sem encenações, sem confusão –simplesmente vocês – os cidadãos.

Quanto á confusão sobre as liberdades que tem sido feita por aí, isto não é uma imposição (não são LEIS, são REGRAS), por isso é ridículo evocar a liberdade.
E alem do mais não foi o JPP que as inventou. Isto é uma matéria sobejamente estudada seja pela filosofia seja pela linguística: surpreendidos? Pois de facto existem mesmo regras bem definidas para o debate isento e limpo. (ver J. R. Searle, Speach Acts, Cambridge, ou Habermas, ou O. Ducrot, ou J. Poulain entre muitos) Não significa que tenhamos de as seguir –podemos ser demagogos à vontade e outros atropelos e não vamos presos –basta olhar para os políticos.
A discussão é um jogo é como o Xadrez, tem regras, se desejarmos um combate honesto cumprimo-las, mas se não as cumprirmos não vamos para a prisão (excepto no Monopólio).

Por outro lado há um argumento que eu gosto bastante pois é uma pecha da nossa sociedade pós-moderna:
O distanciamento, o jogo de espelhos que nos é imposto por estas ferramentas modernas –já vem desde os primórdios da propaganda e dos media.
Afinal somos todos pessoas -os nossos leitores, nós… mas manipuladores hábeis de marionetes.
Há algumas vantagens mas outras muitas desvantagens – porquê esta desconfiança pelo relacionamento directo na sociedade actual?
Olá, sou o Nuno, é assim que toda a gente me conhece e sou assim em todo o lado. Não querem combinar uma carraspana das valentes?

E sr. Sniper, pára lá de me elogiar nos teus posts, que eu não sou tão bom como tu dizes.

 
At 9:01 da manhã, Blogger naked sniper said...

nuno,

Isto assim não tem piada…
Quando não se tem nada de novo a apresentar e se tenta mal interpretar os argumentos adversários ou mesmo estupidificá-los...

a discussão é muito simples e radica apenas num ponto: tu achas (bem como o JPP e os amigos que referes) que é imprescindível que as pessoas se identifiquem como "cidadãos" (com o seu nome conforme no BI) nos debates para que os mesmos sejam "honestos". Eu (tal como, pelo menos, o Harry Lime e a Constança Cunha e Sá) defendemos que a honestidade de uma discussão se mede pela honestidade da argumentação de cada uma das partes, regardless da identidade assumida pelo opinante ser a do BI ou o nick pelo qual a pessoa é conhecida em determinado meio

O ponto essencial, e que pelos vistos não consegui tornar claro, é que na blogosfera (e ao contrário do que o JPP assume) os nick names (no meu caso e de tantos que eu conheço) não é o resultado de falta de coragem em assumir as opiniões, mas sim o resultado de determinado percurso. Por isso mesmo, acusei o toque quando o Pereira generalizou daquela forma. Os nicjs não são apenas uma forma de avacalhar discussões.

Concluindo, enquanto que numa discussão eu valorizo apenas as opiniões, tu apenas credibilizas as opiniões quando elas estão associadas ao nome de determinado cidadão. Enquanto que para mim jogar xadrez como António Calheiros ou como naked sniper é a mesma coisa, para ti isso já é quebrar as regras. Discordamos nessa regra.

Talvez o JPP (ou quem quiser coligir regras) devesse fazer um melhor esforço de adaptação à blogosfera.

E desculpa, mas vou continuar a elogiar-te sempre que considerar conveniente.

Só mais uma questão (porque eu até queria manter isto curto e tal). A opção de cidadania total não implica ausência de marketing. Aliás, essa opção é uma clara decisão de marketing.

 
At 9:45 da manhã, Blogger naked sniper said...

Só outra coisa.

Não acho "que este problema é para uma elite bem falante de Lisboa". Pensei que isto tivesse ficado claro, mas vou ter que fazer mais um esforço.

Acho é que este problema só se coloca em blogs com determinada notoriedade, como o espectro, o antigo blog do Bloco de esquerda, etc. Como referi, neste espaço isso nunca aconteceu (anónimos ou nicks desconhecidos a avacalhar).

E não é de forma alguma em fenómeno exclusivo da blogosfera. Acontece o mesmo em manifestações e etc. As pessoas, por estarem "no meio da multidão", uma multidão anónima, excedem-se, dizem disparates e, caso haja contra-manifestações, chegam muitas vezes a vias de facto.

O que eu me insurgi contra (e repito isto bem para ficar claro) foi a generalização de que todos os nick names são uma desculpa para fazer isso. Tal como numa manifestação sobre qualquer "assunto de cidadania" acredito que a maioria das pessoas queiram apenas mostrar a sua opinião ou defender o seu ponto de vista e apenas uma minoria quer causar desacatos. Infelizmente são estes últimos que fazem as notícias. No caso dos blogs há, sei lá, centenas de bloggers que usam nicks na blogosfera de forma inofensiva (nesse aspecto) e, depois, haverá algumas dezenas que visitam esses blogs mais conhecidos para avacalhar e usam nicks inventados só para isso ou comentam mesmo como anónimos. E dão mau nome a todos os outros.

Passo o exagero, será como dizer que, devido aos gulags, todos os comunistas são assassinos ou que, por alguns políticos cometerem crimes, assumir logo que "andam todos ao mesmo" e que são uma cambada de chulos e gatunos.

 
At 2:47 da tarde, Anonymous Anónimo said...

sniper,

1. É verdade que o JPP usou o argumento do abuso do anonimato, mas se fores ver não está na minha argumentação. Aliás, quase tudo o que eu disse não vi dito em lado nenhum.
É obvio que sei de muito nick name usado para fins inócuos.

2. Passaste por cima dos três principais argumentos:
-o corte despropositado entre Internet e o resto. porque?
-o uso da Internet para uma democracia participativa (feita como é obvio pelos legítimos cidadãos).
-o isolamento e o medo existente na sociedade contemporânea de relações normais e humanas.(que em muito contribuem os nicks).

3. Se quiseres tudo é marketing desde o início dos tempos...pois tudo tem uma forma de se transmitir.
Tu percebeste bem o que eu queria dizer e implica a premeditação.

4. Mesmo no utilizador de nick mais bondoso há uma agressividade implicita pelo seu disfarce. Porque ele sabe e toda a gente percebe que ele se apresenta escondido -não é assim que ele se apresenta na realidade real.
Porque é que ele faz isso? depende.
O que é certo é que ele gosta de preservar esse desequilíbrio pois não se apresenta na realidade real como o do nick tal.

5. A comparação que fizeste entre o disfarce proporcionado por uma multidão e o disfarce proporcionado por um nick não é justa. Numa multidão a tua presença é física e não tapas a cara. O que pode acontecer numa manifestação é que tu sabes que o destinatário dos teus enunciados nunca vão ouvir o que disseste –mas isso é semelhante a dize-los para dentro de poço. O grau de anonimato de um nick é possível de comparar aos testemunhos não identificados de algumas reportagens (i.e. vamos trata-lo por Jorge).

 
At 4:47 da tarde, Blogger naked sniper said...

Nuno,

Há aqui uma questão (e bastante importante) que parece que te estás a esquecer.

Eu escrevi um poste e tu comentaste. As minhas respostas aos teus comentários são o seguimento do meu poste inicial. Esses argumentos que fogem à minha questão inicial foram propositadamente negligenciados porque não têm a ver com o assunto em análise por mim.

Re 5: Pode ser injusta, mas tu numa multidão , tal como quando comentas um poste de forma anónima, estás a usar um escudo de impunidade. Numa multidão não és o Nuno, és apenas uma voz anónima no meio de um coro de vozes. Aqui estou a assumir que todos os elementos da multidão dizem o mesmo a uma só voz e que essa mensagem é perfeitamente audível.

 
At 7:20 da tarde, Anonymous Anónimo said...

sniper,

Há aqui uma fronteira inédita: a minha opinião face à tua só é defensável se usar argumentos que se enquadrem na tua definição de "questão inicial".
Ou seja eu ouço e respondo a todos os teus argumentos (novos ou velhos) mas tu, porque foste o Criador da discussão já não tens de ter o mesmo respeito.
Falando em regras que impomos aos outros...

 
At 7:22 da tarde, Anonymous Anónimo said...

não seria mais fácil dizeres: «olha, tou sem ideias...ganhastes...»

 
At 9:07 da tarde, Blogger naked sniper said...

nuno,

ou não percebeste ou não quiseste perceber.

se eu respondesse a tudo o que trouxeste para a discussão tinha que escrever páginas e páginas e páginas...

nem isto é a minha vida nem tenho grande interesse em enveredar por assuntos que não são o essencial para mim. assim, foco-me nos aspectos essenciais

se é uma questão de respeito, sinceramente não sei. tento ser intelectualmente honesto.

agora parece-me perfeitamente lógico que, sendo este o meu blog, eu tenha liberdade em definir a agenda.

se tu tens interesse ou uma opinião a partilhar, comentas. se não tens não comentas. ou será que eu também devo exigir que comentes todos os meus postes?

se há algum aspecto da discussão que tu querias desenvolver e que eu não ache prioritário, tens uma solução excelente: fazes um poste sobre isso no teu blog. se eu achar interessante e quiser partilhar a minha opinião, vou lá e comento.

é isto que é a democracia?
pois com certeza !!!

 
At 10:13 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Ninguém te nega o direito de recusar uma discussão. O que não me parece honesto é estar numa discussão com um pé dentro e outro fora. Quando não se está interessado numa discussão diz-se logo no primeiro comentário e não se perde mais tempo. O que eu critiquei no comentário anterior foi isso: queres estar numa discussão mas na condição de poderes seleccionar os argumentos aos quais respondes – isso é mesmo extravagante.
Pelo contrário, parece-me importante assimilar todos os argumentos, especialmente se abrem uma perspectiva de análise que não tínhamos ainda equacionado.
Não significa que tem de se responder a todos os argumentos enunciados pois há aqueles que são neutros, quer dizer, irrelevantes. Mas responder sempre aos argumentos que, passe a redundância, argumentam.

 
At 10:39 da tarde, Blogger naked sniper said...

nuno,

eu sou um gajo muito prático, talvez até mesmo extravagantemente prático.

coloquei um assunto em debate

tu comentaste e argumentaste

eu respondi

entrámos em diálogo, tu puxando o debate para uns aspectos, eu para outros

assimilei os teus argumentos, mas tomei a liberdade de manter o debate centralizado no que, para mim, era fulcral.

uma coisa é apresentar novos argumentos para uma mesma questão, outra é puxar o debate para questões novas (embora, admito, relacionadas)

 

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