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07 abril 2006

Bons jornalistas precisam-se

No DN de hoje, uma senhora avança algumas infantilidades sobre como o Estado está com uma "fúria fundamentalista anti-tabágica".

E, entre alguns disparates e incoerências, equipara fumar em locais fechados com conduzir sob o efeito de alcool (o que faz sentido), mas defende que deveria ser da liberdade individual de cada um ter a responsabilidade cívica de olhar por si e pelos outros, não devendo existir legislação sobre essas questões.

E é isto o editorial de hoje do DN!!!!

Sinceramente, isto faz-me perder muito respeito pela publicação. Não é a questão da diferença de opinião (que, apesar de tudo, respeito), mas os fundamentos torpes que apresenta e a argumentação incoerente que faz.

Sobre a proibição de fumar em locais públicos, este jovem já mandou uma excelente early morning bojarda


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20 Comments:

At 4:01 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Aqui no estaminé temos senhoras que dizem que o Manual de procedimentos com as regras de funcionamento da empresa não devia ser implementado! Devia imperar o bom senso!

Já vi que ele há pessoal com ideias bem peregrinas!

Afinal de contas se impera-se o bom senso e a responsabilidade cívica, não havia a necessidade de regras! Ou a senhora não percebeu isso ainda?

 
At 8:05 da tarde, Blogger naked sniper said...

precisamente, gomezzz, precisamente

 
At 8:40 da manhã, Anonymous Anónimo said...

À luz desta nova perspectiva estou muito desiludido com os milhares de pessoas que, vendo-me num recinto fechado, nunca tiveram a "responsabilidade cívica" de olhar pela minha saúde!!!
Eu não sabia que era por isso mas agora percebo com são pessoas ruins!!!

 
At 9:43 da manhã, Blogger naked sniper said...

: )

 
At 1:47 da tarde, Blogger Arrebenta said...

A Rainha da Sucata


Andam por aí umas vozes em sobressalto com o que se escreve na Net, e, à cabeça, com a crescente influência das temáticas, abordadas nos “blogues”, sobre a Opinião Pública Nacional. Cumpre-me aqui dizer que sou novo nos “blogues”, e suficientemente antigo, na Opinião Pública. E como me estou, à cabeça, aparentemente – depois, verão que não... – zenitalmente borrifando para os “blogues”, vou, pois, começar pela Opinião Pública.

Ora, em qualquer país pretendido civilizado, a Opinião Pública não é mais do que um misto de emoção e raciocínio difuso, que leva a que as sociedades exerçam, em conjunto, as suas auto-análises, os seus direitos espontâneos de aprovação e desagrado, e uma necessária catarse colectiva, fruto dos sabores e dissabores do Rumo da História.
Os períodos de Opressão e de Distensão medem-se, pois, pelo vigor e maturidade que essa Opinião Pública manifestar.
Na sua coluna de despedida do “Diário Digital”, Clara Ferreira Alves, criatura que nunca frequentei, nem sequer sabia que escrevia, mas que, naquele panorama do Ridículo Nacional, apenas me fazia, de quando em vez, sorrir, entre as suas apalhaçadas oscilações entre o negro azeviche e o louro caniche, dizia eu, centra-se, num dado momento da sua despedida, sobre a perniciosa influência dos blogues na tradicional “Imprensa Impressa”: de acordo com ela, “A Blogosfera é um saco de gatos, que mistura o óptimo com o rasca, e (as vírgulas atrás são todas minhas) acabou por se tornar num magistério da opinião (d)os jornais”, os quais nunca foram sacos de gatos, sempre souberam recolher o óptimo, e nunca constituíram um prolongamento do magistério dos Interesses Ocultos Predominantes.

É óbvio que em todos os jornais, como em todos os "blogues", como em todos os programas de televisão de carácter rasca, -- terríveis eixos do mal --, “existe e vegeta um colunista ambicioso, ou desempregado, (as vírgulas continuam a ser minhas), ou um mero espírito ocioso e rancoroso”, que pode ser vário, como os nomes de Satã.
“Dantes, a pior desta gente praticava o onanismo literário e escrevia maus versos para a gaveta, [publicando] agora as ejaculações”, as quais deveriam continuar a ser privadas, porque o exercício da cobrição, que tantas vezes levou a que um mau texto aparecesse nas parangonas da Crítica, fruto de uma noite mais ou menos bem passada, ou de uma jantarada em lugar eminente, poderia, e deveria, pelos mais elementares deveres do Pudor, nunca ultrapassar a atmosférica fronteira do Secreto e do Invisível. Para mais, parece que, nos blogues, escancarada janela rasgada sobre o Tudo, já não existe aquela claustrofóbica sensação das escassas três ou quatro janelinhas, onde a iluminação da Crítica Impressa revelava ao profano o pouco que se fazia, e, logo, podia aspirar a existir. Parece que nos blogues, dizia eu, se fala agora abertamente de tudo e de todos, e não apenas dos amigos, dos que nos assalariaram o texto, ou dos que nos pagaram para sermos gerentes da sua irremediável Insignificância.

Compreende-se a angústia da Clarinha: com a ascensão dos “blogues” e o declínio dos jornais, anuncia-se também o fim do monopólio das palas postas nos olhos dos burros, e daqueles que tinham o exclusivo poder de as pôr.
Clara Ferreira Alves manifesta-se inquieta pelo seu Presente, e teme pelo seu Futuro. Mais acrescento eu que o que está em jogo é, sobretudo, o seu PASSADO e o de todos os que se lhe assemelham, porque a Cabala, que, durante décadas, tão habilmente geriram, se está agora a desmantelar por todos os lados.

Nos “blogues”, nada mais existe do que quem diariamente fale de tudo e todos, sem defender quaisquer sistemas que não os da prevalência do Excelente sobre o Medíocre, do Livre sobre o Encomendado, e, sobretudo, quem o faça GRATUITAMENTE, ou seja, por mero Dever Cívico, por vontade de intervir, por caturrice, ou tão-só pela amistosa gratidão de poder Partilhar.

É verdade que com os “blogues”, poderá estar em jogo o fim da Palavra Comprada, e já estar a vislumbrar-se o início da Era da Palavra Livre e Particular, o Reino da Palavra Gratuita. Talvez seja isso a Comunicação Global. Em breve, também aí se fará a separação do Trigo do Joio, e passará a vencer quem melhor escrever e mais for lido, dispensando-se as tradicionais encomendas das almas.

Penso, publico, sou lido, e logo existo. Tudo o resto é vão.

Ah, e isto não é um texto para resposta, sobretudo qualquer tipo de resposta, como dizia o Vasco Pulido Valente, que metesse “na conversa a sua célebre descrição do pôr-do-sol no Cairo.

Muito obrigado.”

 
At 2:40 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Cenaipa! Não estás à espera que vá ler isto tudo?! Ou arranjas comentadores de serviço que escrevem curto e grosso ou então vou-me...

 
At 7:07 da tarde, Blogger O Politicopata said...

"early morning bojarda", é bonito!

 
At 3:25 da manhã, Anonymous Anónimo said...

parabéns sniper... já há quem ache que o teu blog é suficientemente influente para se difundir aquilo que escreveram a propósito de não sei o quê.
Isto é um marco na carreira de um blog.

Mas também requer uma posição...
O que achas?
Eu parece-me fraquinho -não que tenha lido tudo o que escreveu a 'arrebenta' (não passei do primeiro parágrafo) mas acho esse comportamento mendicante...pobrezinho.

 
At 11:50 da manhã, Blogger naked sniper said...

politicopata,

realmente, early morning bojarda é muito bom mesmo.

I only wish I had thought of it

 
At 11:53 da manhã, Blogger naked sniper said...

quanto à questão levantada pela(o) arrebenta, a minha posição é simples:

- concordo com a Clara quando diz que a blogosfera democratiza a opinião pública e também com o facto de isso permitir que tanto o bom como o péssimo estejam online, disponíveis

- discordo com a posição da Clara de que nos jornais só os bons fossem permitidos. aliás, se fosse assim, nunca essa senhora teria escrito nada em lado nenhum.

 
At 1:55 da manhã, Blogger rita said...

o pior é que esse/a tal arrebenta anda a fazer copy paste em todos os blogs que permitam comentarios, e a mais vão ver a confraria do atum, fez exactamente o mesmo comentário, para difundir o seu blog. é baixo e é fraquinho este tipo de atitudes... so espero que não vá ao meu também, primeiro porque seria inutil visto que ninguem lá vai, incluindo eu propria, e depois porque eu decididamente censuraria tal comentário.

 
At 2:04 da manhã, Blogger naked sniper said...

rita,

eu nunca censurei comentários

por 2 razões:

1. acredito na liberdade de expressão

2. não sei censurar comentários

 
At 2:26 da manhã, Blogger rita said...

eu tambem acredito na liberdade de expressão, e as pessoas tem toda a liberdade para escreverem o que quiserem na casa delas e partirem a loiça que quiserem na casa delas, lá podem fazer o que quiserem.

mas como anfitriã eu também tenho o direito de por ordem na minha casa e de não deixar que me façam de parva ou que abusem de mim.

na porta da minha casa, na minha caixa do correio ou o que quer que seja ninguem cola propaganda (e utilizo esta palavra em vez de publicidade, intencionalmente).

se me pedirem, é uma coisa.

não quero cá lixo à minha porta, pelo menos não quero lixo que nao seja meu.

 
At 2:26 da manhã, Blogger rita said...

quanto a aprenderes a censurar, nunca censurei, mas já vi como se faz... se quiseres... estás a vontade.

 
At 2:29 da manhã, Blogger naked sniper said...

eu gosto é quando eu sou irónico e as pessoas não percebem

também te acontece?

 
At 2:31 da manhã, Blogger rita said...

sabes... é que como tens um post cujo nome é "sou muita burro" e nao me custou nada acreditar nisso, pensei mesmo que nao sabias censurar comentários... que ingénua que sou.

 
At 2:33 da manhã, Blogger naked sniper said...

tás na boa

a tua sorte é que eu sou um gajo honrado que não tira partido da tua ingenuidade

 
At 2:39 da manhã, Blogger rita said...

mas tiras partido da censura que não fazes e que nem sabes fazer... a mais refresca a memória...

http://nakedsniper.blogspot.com/2005/12/o-comentrio-um-bom-comentrio.html

 
At 2:42 da manhã, Blogger naked sniper said...

que bom que andas a tomar os comprimidos para a memória...

vou passar a chamar-te carinhosamente "Alifante"... porque és trombuda e por onde passas fodes tudo

 
At 2:44 da manhã, Blogger rita said...

pronto... acho que se o melhor que consegues é uma boquinha fraca mais que recorrente sobre a memoria de elefante e por onde passas fodes tudo então é mesmo melhor ficarmos por aqui... para nao te enterrares mais.

 

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