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08 junho 2006

Poste sindicalista reivindicativo

Hoje participei numa manifestação conjunta do SNESup (Sindicato Nacional do Ensino Superior, do qual faço parte e sou delegado sindical na minha escola) e da FenProf junto ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

É verdade, eu, que como aluno nunca fui gajo de me meter em manifs estreei-me nestas lides aos 28 anos de idade. Aliás, a primeira vez que me referiram essa iniciativa, a minha reacção foi apagar o email e barafustar alguma coisa sobre os #$&§£@ dos comunas. Afinal, somos um sindicato de docentes do ensino superior, não somos nenhum bando de tumultuosos barulhentos. A nossa via é a do diálogo e da proposta construtiva. Mas, como isso não tem tido resultado, lá acabaram por me convencer.

Assim, faltei a uma aula pela primeira vez desde q me lembro para ir a Lisboa participar na manif (ainda cheguei a tempo de outra aula e vou ainda dar outra às 22h30). A adesão foi, como esperado, relativamente reduzida. Pouco mais de uma centena de docentes e quase tantos polícias. Mas o que me chocou foi a pouca relevância dada pela comunicação social. Apenas apareceu uma repórter da R Renascença (estagiária, mas bastante interessada e profissional).

Foi depois uma delegação recebida pelo Chefe de Gabinete (o Ministro e o Secretário de Estado estavam no estrangeiro), que disse que tínhamos muita razão, mas que certamente não vai fazer nada para tentar desbloquear a situação.

Mas perguntam vocês: “o que raio tem uma classe privilegiado como os docentes do ensino superior a reivindicar? Que mais querem vocês?”

Pois é, o que nós pedimos é algo a que toda a gente tem direito, menos nós. Penso que já todos terão ouvido falar em algo chamado subsídio de desemprego. É um conceito do Estrado Previdência que consiste em a Segurança Social pagar parte do vencimento às pessoas que têm a infelicidade de ficar desempregadas.

É verdade, os docentes do Ensino Superior não têm direito a subsídio de desemprego. Nem a indemnizações em caso de não renovação de contrato. Um direito que parece tão adquirido, tão lógico, tão justo. Um direito que até está previsto na Constituição. Mas que não nos é reconhecido pelo poder legislativo, mesmo tendo já havido um acórdão do Tribunal Constitucional alertando para essa inconstitucionalidade por omissão.

Enfim, como eu gostava de viver num país a sério.

(Se quiserem saber mais sobre o assunto visitem o site do SNESup)


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2 Comments:

At 10:21 da tarde, Blogger SCruz said...

Olá NS.

Está complicado deixar post aqui..

Deixo te um: http://langage.blogspot.com/

um entre "pares"

Sorriso e *
(ö,)

 
At 9:45 da manhã, Blogger naked sniper said...

pois, eu também só conseguia postar

ver ou escrever comentários não estava a dar

 

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