Ainda o referendo
Algumas notas sobre a ressaca do referendo:
- fiquei fodi&@ com a abstenção. Não consigo perceber como pode tanta gente alhear-se destas decisões.
- não gostei nada de alguns discursos claramente abusivos de ambos os lados. Ficava bem alguma seriedade a certas e determinadas pessoas
- não percebo a alegria de associarem a despenalização do aborto ao modernismo, como se tudo o que fosse moderno fosse bom. Há coisas modernas boas e há coisas modernas más. Ser moderno não é um valor em si.
- acho importante dar seguimento a uma das sugestões de alguns movimentos do Não, no sentido de dar um subsídio às mulheres que tenham filhos no mesmo montante do custo que o estado tem com os abortos. Será uma forma positiva de manter a neutralidade do estado e da lei.
E era isto. Obrigado.
14 Comments:
acho que seria mais fácil caminharmos para a cobrança do preço do aborto...
com isso não posso concordar, porque seria uma forma de discriminação social, que seria contra-producente com o desígnio de eliminação do aborto clandestino
então mais difícil é a aplicação do subsídio que tu sugeres a bem de uma neutralidade do estado.
Teríamos que dar subsídios aos saudáveis, aos analfabetos, aos que andam a pé e não usam as estradas portuguesas, aos não infringem a lei e nunca entraram foram a um tribunal nem a uma prisão...etc...etc...
agora não percebi onde queres chegar com isso
se as mulheres quando abortam tomam uma opção, muitas vezes fundamentada também em razões económicas, o facto de a despenalização facilitar essa opção deverá também facilitar a opção contrária, para não "favorecer" o aborto
o que tem isso a ver com os analfabetos e com os que infringiram a lei?
eu só não achei piada em falares de neutralidade do estado... porque é algo que não existe nem é suposto existir...
de resto concordo que quem tem um filho deva receber apoio.
No entanto acho que esse valor nada deve ter a ver com o preço de um aborto... seja pk é ridículo comparar os encargos de uma e de outra situação, seja pk pode até ser ofensivo...tipo:
«olhe tome lá os 300Euros que poupámos por você não ter abortado essa criatura.»
esse valor será um indicador mínimo. e uma forma de calar o argumento falacioso e demagógico de não quererem financiar abortos com o dinheiro dos impostos
o dieal seria fazer-se como na alemanha, onde agora dão 25 000 € por cada bebé q nasce
isso é que é falar...
bora procriar prá Alemanha!
acho que nós os dois não vai dar
é preciso um "ovário" ou algo do género
Só com o ovário também não irão longe, será talvez com um "óvulo" (ou dois), darling.
pois, é capaz
sabes que eu de política percebo pouco
Agora digam-me meninos, acham mesmo que o português tem capacidade para não fazer merda com a introdução de uma lei que dá 25000 euros a cada criança que nasce? É que eu estou a ver para aí muito português a enfiar a Maria em casa e a fode-la de 10 em 10 meses porque quer mais um carro novo... mas ei, se precisarem mesmo de um útero saudável (TI, claro!), eu estou disponível!
Rita,
I'll keep that in mind ;)
Isso dos 25000 euros não é assim. Isso é só para pais que deixem de trabalhar durante um certo período (até um ano) e depende do rendimento dos pais. Por outras palavras, só quem ganhava bem no seu emprego é que ganha os tais 25000 euros se deixar de trabalhar, o que no fundo até pode nem compensar os rendimentos perdidos para uns e para outros não chega para o aumento da despesa familiar (porque o que recebem é proporcional ao que ganhariam se estivessem a trabalhar e deixam de receber, e com mais um membro na família aumentam as despesas).
snowgaze,
de qualquer das formas, é uma iniciativa muito boa (digo eu)
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