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26 abril 2007

The Baltic Diaries, day 5

Domingo.

Tinha combinado às 3 horas para me fazerem uma visita guiada da cidade. Tinha colocado o despertador para a uma hora, para ter tempo de tomar banho, fazer o meu yoga e almoçar nas calmas.

Acordo e olho para o relógio. Vejo 3 horas. Pânico!!! Para além de estar atrasado, não tenho forma de contactar com as pessoas porque não activei o roaming.

Tomo banho a correr e visto-me ainda mais depressa. Quando vou a colocar o relógio no pulso, reparo que são 10 menos 20. Portanto, quando acordei, todo remeloso, peguei no relógio ao contrário e transformei as 9h30 am 15h. Chamei meia dúzia de nomes a mim próprio mas, já que estava acordado, aproveitei para ir tomar o pequeno-almoço e, só depois, voltei para a cama.

Às 15h, lá estava eu no ponto de encontro, a Estátua da Liberdade:



Apanhei os soldados da guarda de honra da estátua (não sei se todos os dias ou apenas porque era Domingo) a fazerem a sua marcha coreografada e demos a bela da voltinha pelo centro histórico ("Vecriga").

Esta parte da cidade é lindíssima. Quase todos os edifícios são trabalhados e têm uma arquitectura imponente. Ao ler a brochura turística, pude-me aperceber das atribulações que esta gente tem vivido. A Letónia já esteve sob domínio russo, polaco e alemão e só desde 1935 é independente, tendo até aí sido local de muitos guerras e combates (até têm um museu da ocupação). Uma forma gira de o constatar é verificar que (quase) todos os monumentos têm, para além da data normal de construção, indicação da data em que foi destruído numa qualquer invasão e da data em que depois foi reconstruído.



A catedral (Doma), é digna de visita. Embora não seja arquitectonicamente tão luxuriante como a igreja do Mosteiro em Riga, é a maior da Báltico, tem melhores pinturas e vitrais mais bem trabalhados e tem um órgão que é qualquer coisa.



A igreja de S. Pedro não é tão bonita, mas tem um pormenor que a distingue: a torre panorâmica.



Daqui, podem-se tirar fotos a toda a volta:













Como apanhei um tempo excelente (na semana anterior não se podia sair à rua com o vento e o frio e parece que esta semana voltou a piorar), deu para aproveitar para passear pelos jardins e topar uma tradição engraçada. Numa determinada ponte (parece que também o fazem noutras, mas aquela é a mais tradicional, os noivos colocam um cadeado quando se casam, para simbolizar o seu compromisso:



Não sei o que acontece quando se divorciam.

Depois fui ver o rio, e a estátua ao bom gigante que, segundo a lenda, levava as pessoas aos ombros de uma margem à outra do rio (tipo Ferry). Diz-se que uma noite acordou com um choro e que conseguiu salvar um bebé que estava a afogar-se no meio do rio. Quando chegou à margem adormeceu com o cansaço e, no dia seguinte, quando acordou, em vez da criança, estava lá um saco de moedas de ouro, que ele usou para fundar a cidade.



Também passei pela Ópera:



Depois, fomos beber um copo ao Skyline Bar, que é um bar situado no último andar (27º) de um hotel. Naturalmente, tem uma vista fantástica. Para além disso, está muito bem decorado e tem preços razoáveis. Fiquei fan.

Nesta noite deitei-me cedo, que segunda-feira ia ser um dia bastante cheio.


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2 Comments:

At 9:18 da manhã, Blogger Sofia Couto said...

Gostei muito da descrição, quase me senti lá!
Foi um país, que nunca me chamou muita atenção, ou então não gastam muito dinheiro a fomentar o turismo. Mas, adorei as fotos e fiquei com uma certa curiosidade, quando juntar algumas "moedas de ouro" talvez vá lá.
As fotos estão excepcionais.

 
At 12:15 da tarde, Blogger naked sniper said...

miuda,

o resto do país parece que tem pouco interesse, mas Riga vale bem a pena.

e isto sem falar da nightlife.

 

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