Grande Ecran

Fui ontem ver (após certas e determinadas peripécias relacionadas com certa pessoa não tomar devidamente conta da sua carteira e entrar empânico por causa) o Bourne Ultimatum.

Para quem esteve em Marte ou em coma nos últimos anos, impõe-se explicar que o Bourne Ultimatum é o 3º filme de uma triologia iniciada com o Bourne Identity (Identidade Desconhecida, em português) e continuada com o Bourne Supremacy. Esta triologia acompanha a aventura de um senhor chamado Jason Bourne (Matt Damon), que é uma espécie de agente da CIA caído em desgraça e que urge eliminar quanto antes.

Um dos aspectos mais interessantes do filme, prende-se com o facto de o senhor Bourne sofrer de amnésia ou o camandro e não se lembrar de nada do que se passou na sua vida antes do filme começar. Assim, o espectador é colocado na posição do protagonista, e ambos vão descobrindo ao longo dos 3 filmes pistas sobre o passado de Bourne e sobre a razão pela qual ele é uma ameaça tão grande para a CIA.

Outro aspecto em que o filme "dá show" é nas sequências de acção. Nas primeiras, Bourne nem se apercebe muito bem do que se está a passar. Tanto ele como quem vê o filme apenas assiste ao que o intenso treino produziu no rapaz: uma capacidade impressionante de reagir e responder aos ataques que lhe são endereçados, sem pensar, de uma forma automática e com uma velocidade que desafia o olhar. Para além disso, apesar da espectacularidade, não surgem aquelas acrobacias impossíveis e explosões que deitam abaixo um bairro inteiro para depois o protagonista aparecer no meio dos escombros sem um único arranhão. Nada disso, acção emocionante mas realista.

Quando se chega ao fim, há duas desilusões. A primeira é apercebermo-nos que é o último filme da triologia e que não vai haver mais nenhum. A segunda tem a ver com o final algo previsível e um pouco "curto". Quer dizer, o final é um bom final, mas um gajo estava à espera de mais alguma coisa.

E agora que já vos estraguei a todos a surpresa do filme, vou lavar os dentes.