Com bastante atraso, mas para satisfação do meu público (sempre quis dizer isto), especialmente da Afrodite, aqui continuo a descrição das minhas desventuras por Viena.
Depois da biblioteca (ver
este poste), segui caminho para a Escola Espanhola. Infelizmente, perdi (por 10 minutos) o espectáculo de exibição, pelo que tive que me contentar com um postal.
Depois fui visitar o apartamento da Sissi. Paguei 8 euros e comecei a visita. Depois de andar por 437 divisões com todos os serviços de loiça da Sissi, os faqueiros da Sissi, as jóias da Sissi e mais o camandro da Sissi e quando já eu começava a pensar que tinha deitado os meus 8 euros pró lixo porque loiça também a temos nas caldas, finalmente dei com as escadas para o 2º piso, onde realmente iria visitar os aposentos da Sissi e da família, amigos e cão.
Ainda não decidi se a Sissi era uma artista ecléctica ou uma grande ganzada com a mania de que, como era imperatriz, se podia armar em artista da rima e tal. Quer dizer, se calhar já decidi. Enfim, os aposentos da senhora combinavam um grande luxo nos tapetes, móveis e quadros com camas individuais de ferro com uma dimensão inferior à da minha cama e aspecto de muito menos confortável. Vá-se lá perceber.
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Depois, quis ir apreciar o fantástico jardim do palácio imperial, mas não tive sorte nenhuma. Havia uma estupidez dum fds desportivo ou o camandro e o raio do jardim, que era bem grande, estava completamente ocupado por dezenas e dezenas e dezenas de barracas temáticas onde a juventude podia experimentar todo o tipo de desportos (desde os mais tradicionais futebol e basket, até ao hóquei em campo, hipismo, mergulho, etc). Quer dizer, em vez de deixar os miúdos muito bem em casa descansadinhos da vida a jogar playstation ou a drogar-se, arrastam-nos para a rua, onde correm variadíssimos perigos.
A seguir, como já eram horas e eu precisava de compensação afectiva por causa do desgosto com o jardim, decidi ir almoçar. Encontrei um sítio bastante simpático no jardim qualquer coisa (perdi o guia e não me lembro do nome do sítio) lá ao lado.
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Deposi de mais umas voltas, ainda passei pela Câmara Municipal (Rathaus), cuja foto foi tirada de lado, porque estava um circo montado em frente à fachada do edifício (a sério, eles devem ter-se organizado para me lixar as fotos).
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Já as fotos do parlamento, não mas conseguiram lixar, embora fosse muito difícil apanhar aquilo tudo numa só foto. Aliás, tenho mesmo a dizer que nós cá em Portugal somos um bando de pés rapados, e que a nossa assembleia da república é uma pobreza comparada com aquela.
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Depois, ainda visitei o fabuloso Muzuemsquartier (quarteirão dos museus) que me deixou deslumbrado.
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Para além dos vários museus, nomeadamente o
Leopold e o
MUMOK, respira-se ali uma atmosfera muito agradável (e não, não me refiro a drogas leves) e inspiradora.
Devia ser um dia qualquer especial, feriado ou algo do género, porque estavam as ruas todoas animadas. Numa das praças, tive a sorte de apanhar a actuação de um grupo de artistas muito divertidos e cheios de energia, ritmo e elasticidade.
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E também tinham sentido de humor. Para pedirem o nosso dinheiro, explicaram que ãoe ram apoiados pela câmara de Viena, ou pela McDonalds, nem pelo George W Bush ou qualquer outra organização criminosa. Dei-lhes 20 cêntimos e um botão que andava perdido no bolso.
Ainda fui ver o palácio de Belvedere, que impressiona mas que, como parte da conspiração para me lixar as fotos, tinha os jardins a ser intervencionados (outra palavra que sempre quis utilizar).
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Em Belvedere, ainda fui visitar os luxuriantes (isto hoje é só palavras giras) jardins Alpino e Botânico. Infelizmente, foi também nessa altura que se acabou a pilha da máquina e não há mais fotos.