Postales de Barcelona
Dia 2, quinta-feira
O dia começou tardito. Como ia avisado dos carteiristas e precisava de algo onde guardar o mapa, a máquina fotográfica, o caderno de notas e que pudesse servir para guardar os piquenos recuerdos e postais q sempre gosto de ir comprando, entrei na primeira loja de malas e acessórios que encontrei na Gran de Gracia com um cartaz "Liquidació Total" e comprei uma abichanada pochete "Adolfo Dominguez" para usar a tiracolo. Por favor, ninguém conte este pormenor ao meu amigo Daniel, porque eu ando há 2 anos a fazer piadas sobre a sua sexualidade por ele usar uma coisa destas.
Desci toda a Gracia e o Passeig de Gracia até dar com a Praça da Catalunya. Passei pelas casas do Gaudi (Milá e Batló), mas não entrei derivado às filas descomunais e aos preços pouco amistosos.
Depois de comer umas tapas num tasco lá ao pé, avancei revigorado para as Ramblas, apreciando a diversidade de artistas de rua que animavam o sítio.
A senhora da foto deu-me um golfinho para pendurar no fio. Há, claro, o pormenor de eu não usar fio nenhum, mas o que conta é a intenção.
O passo seguinte foi a Praça do Colombo (ou Cólon, como eles dizem), seguido da zona marginal.
Outro sítio fantástico, dos muitos espaços públicos que Barcelona tem e que dão uma qualidade de vida impressionante, é o centro comercial Mare Magnum. Nem imagino que lojas lá haja dentro, porque não entrei, mas o simples passear pelo molhe, apreciar as meninas a apanhar sol em soutien, desfrutar do sol e do ar puro do mar não tem preço. Um prémio para quem encontrar o meu reflexo no espelho.
Fomos almoçar a um tasco típico chamado de "Champanheria". É um sítio onde se bebe o champanhe tradicional catalão (o "cava") e se comem sandes de queijos e enchidos tradicionais.
Ao contrário do que é habitual nestes sítios típicos com algum nome, não fomos roubados. € 11,20 por uma garrafa de cava e 4 sandes (2 para mim, uma de pernil e outra de xoriço e outras 2 para o Nuno). Para terem uma noção da fama do sítio, o Nuno está em Barcelona desde Outubro e foi a primeira vez que conseguiu lugar ao balcão para comer. Sim, o nome naked sniper impõe algum respeito aos catalães.
Durante a tarde, passeou-se por uma praça onde, para muita tristeza nossa, não se pode jogar a pilota.
O ponto alto da tarde foi a visita à pouco conhecida, mas muito interessante catedral da Sagrada Família (não sei se já terão ouvido falar). É uma catedral projectada por um arquitecto catalão desconhecido (Gaudi qualquer coisa) e que anda há cerca de 100 anos para construir (devem ter contratado empreiteiros portugueses). As expectativas mais optimistas apontam a conclusão para cerca de 2040. Mas há o pormenor engraçado de terem deixado construir uns prédios na zona onde está prevista a fachada principal e a praça frontal. Vamos ver no que dará. Ainda assim, há alguns pormenores interessantes a salientar, como os belos efeitos produzidos pelos vitraise a cor e beleza de alguns pormenores das fachadas e cumieiras.
Só não achei piada à ideia das frutas nas cumieiras da nave central. Enfim... Também, as diferenças gritantes entre a fachada construída ainda com Gaudi vivo e a outra não indicam nada de bom sobre a coisa.
E para dia 2 já chega. O dia 3 promete animação nocturna com uma festa de aniversário e uma ronda pelas discotecas. Fica para amanhã...