o sniper esmiúça o sócrates

este blog não gosta do sócrates

emails para nakedsniper@gmail.com

30 maio 2008

Música do dia*



* para calar certas pessoas, que questionavam a qualidade das escolhas musicais do blog


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Música do dia (Discos Pedidos*)



* para a sonja, tentando atrair rumores infundados


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29 maio 2008

Música do dia (Discos Pedidos*)



* pedido pela b. A sonja que me desculpe pela desfeita, mas se tivesse colocado as Ronettes, seriao 2º pedido da menina a ser satisfeito e isso poderia levar a rumores infundandos de favorecimento. Comigo, só há rumores de favorecimento quando há fundamento.


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Música do dia*



*Esta é uma escolha da administração do blog, que nem só de discos pedidos se pode viver


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Música do dia (Discos Pedidos*)



* pedido especial da BP


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28 maio 2008

Música do dia (Discos Pedidos*)



* a Bird pediu a versão original, eu neguei, e a sonja conseguiu resolver a querela propondo esta versão menos abichanada


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27 maio 2008

Música do dia (Discos Pedidos*)



* pedido da Alma. Optei pelo clip original, apesar de haver outro com melhor qualidade de som e imagem referente a uma performance ao vivo. Reclamações é com o Brunão


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26 maio 2008

Música do dia (Discos Pedidos*)



* para a ego, com um pedido de desculpas por não ser o clip original, mas não o consegui encontrar


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25 maio 2008

Música do dia (Discos Pedidos*)



*disco pedido pela sonja


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24 maio 2008

Disco dancing

Parece que algumas pessoas não apreciaram a música do poste anterior. A minha impressionante capacidade cognitiva permitiu-se perceber que tal se deve ao facto de algumas dessas pessoas não saberem dançar disco.

Como sniper é serviço público, tratei logo de providenciar umas aulinhas para vos ajudar a ultrapassar essa limitação.

Aprendei, que parece que não custa:


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Música do dia



Sim, depois de fazer a minha permanente, continuo em "disco revival mode"


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23 maio 2008

Cartoon do dia


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22 maio 2008

Brilhante


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Frase do dia

"I would ask him closed questions, but he wouldn't give me closed answers"

- KG, no debriefing do workshop de entrevista


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21 maio 2008

Notas de viage

Dia 6, Sexta-feira

Sexta-feira foi um dia em cheio.

Comecei o dia à procura da torre de observação, que fica perto da residência e, diz o guia, é parecida com a torre Eiffel. Realmente, quem nunca tenha visto a torre Eiffel, é capaz de achar parecido. Achei a coisa mas, só abre Às 10h e ainda nem são 9h. Fica para outro dia. Entretanto, com a minha mania de fugir aos percursos normais, perdi-me.



Entretantos, dei com o mosteiro de Strahov, com a fabuloso biblioteca (com a ala filosófica e a ala teológica). Começou a chulice. Paga-se para tudo e não se pode tirar fotos (pelo menos, não enquanto eles estão a controlar).



Sigo para o Loreto, um antigo local de peregrinação, com um fantástico espólio de ofertas dos antigos peregrinos. E, também, onde se pode encontrar um antigo mapa, já com as cidades portuguesas identificadas, embora com algumas gaffes de localização.



Dei depois umas voltas pela zona até dar com a Galeria Nacional, no peculiar palácio Scharzenberg. Depois de ver por engano uma exposição sobre o barroco, dei com a saída e dirigi-me finalmente ao castelo. No castelo, dirigi-me primeiro à catedral de S. Vito. Neste fabuloso monumento, há que destacar a torre. Apesar do aviso de que são 287 degraus até ao topo (eu contei e confirmei), há gente que claramente não está preparada para tal empreitada que a assume de qualquer das formas. Não é que eu não ache piada a ver as pessoas sentadas a meio a recuperar o fôlego ou a arfar ostensivamente quando ainda só vão a 13% da subida, mas tudo isso estorva a vida de quem quer subir. Dentro do castelo, há partes que se podem ver de grátes (como a catedral de S. Vito) e outros q se tem que pagar (basílica de S. Jorge, o palácio antigo, a via dourada, etc.) Claramente, enfiaram-me um barrete, porque o mais interessante foi a catedral de S. Vito. Mas enfim, é tudo bom.

Em Praga, no entanto, acabou a mama de comer bem e barato. Cidade de turismo, há muito que eles perceberam que a maioria dos turistas europeus de países mais ricos estão habituados a comer caro. Eu não estava, mas tive que me habituar. Por este singelo almoço consistindo num gulash e numa limonada paguei quase tanto como no outro jantar no melhor restaurante de Trencin.



Passei então depois na via dourada, onde comprei um punhal para a minha irmã por 14€. Depois, visitei a torre Daliborka, dei a volta pelo jardim e regressei ao portão principal a tempo de ver o render da guarda.

De seguida, dirigi-me ao outro jardim para encontrar o Belvedere, que era uma bela banhada. Pelo caminho, ainda andei na brincadeira com uns esquilos.



Desci do castelo e dei umas voltas pela Malá Strana. Tentei visitar a Igreja de S. Nicolau, mas já estava fechada (fechava às 17h). Passeei pelos jardins à beira-rio e tive o primeiro encontro com a Ponte do Carlos, que estava em obras (trabalhos de repavimentação em meio tabuleiro). Do lado da cidade velha, subi à torre (a pagar, claro) e tirei mais fotos da paisagem. Dei uma voltinha por aí, fui beber um frapé à ilha de Slovansky e passei pelo Teatro Nacional e pela Dancing House.





Depois, fui comer uma bucha ao outro lado do rio, fui a um cybercafe e recolhi à residência.


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19 maio 2008

Intermezzo


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Surpresas



E eu a pensar que este jogador só me faria feliz no dia em que fosse dispensado do sportem...


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17 maio 2008

Notas de viage

Dia 5, Quinta-feira

Começo o dia com a esperada visita à Vila Tugendhat. Quanto a esta moradia, tenho a dizer que apresenta boas áreas, é muito funcional e tem uma bela área social em formato de marquise. No entanto, não fica na zona que me interessaria mais e precisa de algumas obras, pelo que acabei por não fazer nenhuma proposta. Na foto, podem apreciar uma vista do estendal.



Depois da visita da manhã, apanho o comboio para Praga. Escolho um compartimento com 2 meninas. Afinal, é uma menina e um hippie. Passados uns minutos, o hippie, que ia muito entretido a escrever ou a desenhar num caderno A4, saca de um valente canivete e vai para a janela afiar o lápes. Esta é uma viagem que eu vou passar acordado.

O hostel fica para lá de onde Judas perdeu as botas, mesmo ao lado do estádio Strahov, onde joga uma das equipas da cidade (ou o Slávia ou o Sparta, não me apeteceu ir ver). A coisa boa é que pago pelos 3 dias o mesmo que pagava em Brno por cada um. Das coisas más não falo porque já enterrei isso no meu subconsciente.

Da estação para o hostel fui de metro e autocarro. O motorista do autocarro parecia que ia tirar o pai da forca. A subida para o estádio era uma sucessão de zig-zags que o rapaz fez a grande velocidade, não se parecendo perturbar com nada (nem com a velha q caiu numa das curvas, nem com o puto q espetou cós dentes numa janela noutra curva. Felizmente, não tinha nada no estômago.

Desta vez, para desenjoar (e porque as brincadeiras da véspera me caíram mesmo mal no estômago) decidi apostar pelo seguro e fui a um restaurante italiano.

Depois de jantar, fui a um cybercafé e depois fui para o meu quarto chorar.


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Notas de viage

Dia 4, Quarta-feira

O dia começou relativamente cedo. Tinha a manhã livre para fazer algum turismo e almoço já marcado com o pessoal da universidade.

O ponto principal da agenda da manhã era visitar o castelo (Spilberk) e as respectivas masmorras. Atalhei caminho pela Igraja Vermelha:



E cheguei ao jardim/parque que circunda o castelo



O castelo é bastante interessante. Comecei a visita pelo tour pelas masmorras, onde estiveram "alojados" criminosos comuns, presos políticos, etc, etc. Em alguns locais, têm representações das condições em que os presos viviam e reproduções dos instrumentos e técnicas de tortura utilizadas.



Visitei depois o museu, que contava a história do castelo e a evolução do mesmo como prisão ao longo dos séculos e sob o domínio de vários soberanos. Subi também à torre, que tinha uma vista fabulosa sobre a cidade:



Depois do castelo, segui para o centro, para visitar a catedral de S. Pedro e S. Paulo (chamada de Petrov). No caminho passei por imensa juventude vestida como se fosse carnaval. Contaram-me que é tradição os alunos do secundário se mascararem no final do ano lectivo em comemoração do fim dos estudos. Tirei fotos a dois grupos de simpáticas raparigas vestidas com trajes tradicionais:





Na Petrov, para além da decoração que me desiludiu um pouco, o mais relevante foi a subida à torre da igreja. A vista era semelhante à do castelo, mas a subida muito diferente. Eram umas escadas muito abertas, com alto vão amplo no meio. Eu que nem costumo ter vertigens, cheguei ao topo a segurar-me com muita força ao corrimão.



Uma colega foi-me buscar ao hotel para ter a certeza q eu não me perdia, e fomos para a universidade almoçar. Almocei um típico esparguete.

Conheci a escola e restantes “facilidades”. Gostei bastante das condições.



À noite, houve jantar com comida tradicional checa com outra colega que tinha vindo visitar a minha escola no ano passado. A comida era interessante, mas o molho era algo doce (era suposto ser bitter-sweet, mas não, era só doce). Acabei o jantar a raspar o molho da comida para tentar não enjoar demais. Os dumplings são aquela cena que podem ver na foto que parece pão fatiado. O bife está coberto pelo molho.



Experimentei duas bebidas tradicionais intragáveis, becherovka (uma cena feita à base de ervas que dizem ter propriedades medicinais, e que realmente só se consegue beber se acreditarmos com muita força que nos vai fazer bem) e slivovice (slivovitz) que é uma espécie de bagaço, mas em mau.

Fiquei algo indisposto.


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14 maio 2008

Notas de viage

Dia 3, Terça-feira

Terça-feira é dia de viagem entre Trencin e Brno.

No entanto, como me tinham dito que mesmo ao lado de Trencin haviam umas termas que eram uma grande atracção turística, achei que devia dar essa oportunidade de redenção ao sítio.

Péssima ideia, foi o que foi. Em primeiro lugar, não fiquei nada descansado quando percebi q o único autocarro de regresso das termas à cidade chegava mesmo a queimar a hora de partida do autocarro de Brno para Trencin, cujo bilhete já tinha comprado. Em segundo lugar, aquilo tem um parque simpático, 30 hoteis e edifícios com termas. Nada para ver, e uma atmosfera tão plácida e relaxante que até irrita. Entretanto, para me relaxar ainda mais, começa a chover.

Quase por milagre, ocnsigo chegar a horas do autocarro. A viagem é muito interessante. Vou o tempo todo a dormir, excepto uma parte em que o motorista me acorda porque era altura de parar para almoçar e manda toda a gente para fora do autocarro (que fecha) para ir almoçar numa espécie de estação de serviço. Metado do pessoal vai comer alguma coisa, outra metade fica a pastar perto do autocarro. Como já não ia voltar à Eslováquia, tinha gastado o dinheiro até à última para não ficar com sobras. Para me chatear a vida, a espécia de estação de serviço não tem multibanco, pelo que não tenho meios de pagamento e não posso comer nada.

Chego a Brno. Compro um mapa logo na estação de camionagem para ver se não me perco. Não resultou. Dei uma volta de cerca do triplo do tempo para chegar ao hotel. E ainda por cima, tive a ideia parva de ir a pé, a puxar pela mala, a subir.

Felizmente, o hotel tem net.

Com ainda há luz, aproveito para dar uma primeira volta pelo centro. Desta vez, oriento-me mais ou menos com o mapa.

Anoitece e dou com um restaurante com bom aspecto, numa cave, com decoração tipo medieval. Peço mesa para um, dão-me uma para 8. Para variar, peço algo típico. Mais uma vez, havia menus em alemão, mas não em inglês.



Apanho uma grande seca à espera da comida. Ontem, em Trencin, ainda tinha a emrpegada gira de madeixas roxas a lançar-me olhares lascivos. Desta vez, é um empregado e não me manda nenhum olhar mais prometedor.

Entretanto, chega a comida. Devem pensar q eu estou à espera de ocmpanhia porque trazem ocmida para 3/4 pessoas:



Basicamente, a coisa consiste numa espetada de três tipos de carne, todas recheadas com coisas diferentes. Muito bom. Mas muita quantidade também. Não consegui acabar.

Também em Brno tudo fecha às 21h.


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Notas de viage

Dia 2, Segunda-feira

Comi para piqueno-almoço uma omelete camponesa.

O professor da escola parceira com quem tenho contactado veio ter comigo ao hotel, conforme combinado. Como havia cerca de 50 minutos até à 1ª reunião, ele ofereceu-se para me levar a dar uma volta a pé pelo centro da cidade, seguindo depois para a escola. O centro vê-se em 15 minutos e não tem grandes motivos de interesse.

As reuniões da manhã correm com normalidade. A da tarde, com o reitor e o vice-reitor, é adiada por uma hora. Estão armados em vedetas ou o camandro. Quando finalmente acontece, é quase surreal. Os senhores não falam estrangeiro e é tudo intermediado por um intérprete que desconfio que não disse bem o que eu queria. Mas o mais giro foi quando os senhores perguntaram a minha opinião sobre o sistema de ensino eslovaco e, mesmo depois de eu explicar que tinha chegado na véspera e não conhecia minimamente o assunto, eles insistiam em saber algo.

Depois da reunião, decidi subir ao castelo, único ponto de interesse turístico da cidade:



A meio da subida começou a chover e eu lembrei-me q já lá iam 4 horas desde o almoço. Entro no primeiro tasco que apanho aberto e que, curiosamente, é um restaurante de casamentos todo fino. Ouve-se uma colectânea de música disco (Abba, Gloria Gaynor, etc), mas dobrada em eslovaco. O empregado de serviço não fala estrangeiro e só há menus em eslovaco e alemão. Peço um café e um cena à sorte do menu em alemão. Vá lá, calhou serem crepes, e bem bons:



Peço ao empregado para me tirar uma foto na envolvente finória do sítio. Ele pega na máquina com o mindinho espetado e sorri de forma estranha. Deve ser maricas.

No caminho do castelo, visitei ainda a igreja.

No castelo, deparei-me com bastante animação e com uma boa rentabilização do espaço e do património. Havia jovens a brincar aos espadachins:



Havia um senhor a preparar uma sala numa torre de vigia para um banquete temático:



Havia uma pequena tasca que servia bebidas e snacks, um posto de turismo, etc. E isto num castelito sem grande interesse. Em Portugal, para além de o castelo estar normalmente fechado, seria praticamente impossível conseguir licenças para estas actividades.

Fui depois à torre principal, visitei a colecção de armas medievais e subi ao topo da torre para ver a paisagem e tirar fotos. E foi o que fiz no castelo.

Para jantar, perguntei ao pipol da universidade onde podia comer comida típica. Disseram-me que o melhor restaurante era o do Hotel Tatra, o sítio mais fino da cidade. Como tinha as despesas pagas, decidi arriscar. Para entrada, ovo com caviar. Depois, uma típica sopa de cogumelos. Bebi uma cerveja com 12º (q, pelo que me explicaram, corresponde a apenas 5% de volume, não se assustem). O prato principal foi recomendado pela empregada, que me disse q era tradicional. Eu acreditei, embora tivesse pinta de cena moderna (como podem ver):



Depois de jantar fui dormir que fecha tudo às 21h.


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Cartoon do dia



(enquanto vão deixando crescer água na boca para os postes sobre a Eslováquia que publicarei logo à noite)


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13 maio 2008

Carregar a equipa às costas


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12 maio 2008

O regresso do herói

Já regressei a Coimbra.

Tou cheio de trabalho.

Amanhã ou quarta talvez comece a meter postes praqui.

Fiquem bem


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08 maio 2008

Praga

Grande confusao com o hostel que me arranjaram que nao e o q eu tinha pedido.

E espectacular mandar um mail a reservar um quarto no sitio x e receber um outro mail a dizer "reserva confirmada". Tao espectacular q nem leio o resto do mail q especifica q a reserva confirmada e num hostel q nao aquele que eu pedi. Enfim...

A boa noticia e que e mais barato. Pago por š noites o mesmo q pagava no outro por uma. As mas... bem, e melhor nem falar das mas noticias para nao assustar ninguem. Felizmente, tenho as vacinas em dia.

Claro, nao tenho mail no hostel. Tou num cybercafe e nao sei quando encontrarei outro.

Tudo de bom para voces


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Notas de viage

Dia 1, Domingo

Dói-me o corpo todo devido a 2 noites (muito) mal dormidas. Autocarro às 2h, para apanhar o avião às 7h40 é duro.

Durmo o primeiro voo até Zurique. No segundo, até Budapeste, leio as "Crónicas do Sul", do Luís Sepúlveda (obrigados, Elsa). Em Budapeste (tal como com a Alemanha e Suíssa, posso dizer q já estive na Hungria) apenas tenho tempo de apanhar o shuttle do aeroporto para a estação e apanhar o comboio para Bratislava. Leio "A troca", do David Lodge (obrigado, Ariel). Não sobra nada para ler no trecho Bratislava-Trencin, vou ter q dormir.

A coisa boa de viajar de comboio por estas paragens é que fica relativamente barato. € 7 por viagens de 200 e 300 km já não se usa.

Em Bratislva tenho pouco mais de uma hora até sair o comboio. Não arrisco afastar-me muito da estação e como num tasco próximo com aspecto razoável. Peço algo típico (enquanto não me lixar, continuo com esta).

Enquanto espero pela comida, reparo que há muita juventude a viajar, com grandes mochilas de campismo. Não está particularmente frio, mas não deixo de sentir algumas saudades do calor de Barcelona. Pelo menos, a cerveja é mais barata. BEEEEEM mais barata.

Trazem a comida. Tem o aspecto que podem ver:



Uma espécie de pasteis de massa tenra mal cozidos, com puré lá dentro (sim, muito estranho, mas não desagradável) e algum bacon (ou o raio) frito.

Na viagem para Trencin, aproveito que se senta à minha frente uma menina bem engraçada para, em vez de dormir, desenvolver o vocabulário em eslovaco. Aprendo o suficiente para fazer boa figura no dia seguinte.

Chego ao hotel. Não há net.


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06 maio 2008

Postales de Barcelona

Dia 5, Domingo

Domingo foi dia de ir a Montjuic, visitar o castelo e as instalações olímpicas.

Infelizmente, a fantástica piscina olímpica não está aberta ao público (e a mim tb não, estranhamente).



Como toda a gente q lá vai, demos a voltinha de teleférico e chegámos a causar um desaguisado conjugal quando eu acenei a uma menina que vinha na cabine q passou pela nossa em sentido contrário e ela respondeu. O namorado (ou marido) q ia com ela não achou piada e começou a implicar com ela.



Fomos depois à zona do estádio, que estava em completa confusão. Havia uma iniciativa qualquer de basket, com dezenas de tabelas e centenas de miudos a jogar. Estavam também a chegar os adeptos do Zaragoza, que iam jogar contra o Espanyol. Enfim, animação para todos os gostos. Fomos depois comer um gelado junto ao pavilhão do Mies van der Rohe.

A seguir, veio a parte gira. Fomos alugar bicicletas e fizemos a Marginal toda, atropelando crianças e aterrorizando tudo o que era pedestre até chegarmos ao Fórum.



E foi esta a aventura.

Na viagem de regresso, ainda encontrei certos e determinados jogadores do FC Barcelona no aeroporto, mas isso não interessa a ninguém.

Agora vou dormir e pode ser q amanhã comece a falar desta viagem.


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Postales de Barcelona

Dia 4, Sábado

Sábado foi dia de visitar Tibidabo.



Seguimos o caminho tradicional, de eléctrico e funicular. Lá em cima, aproveitou-se para tirar bué da fotos a toda a paisagem. No entanto, como seria muito igual a todos os postais q toda a gente tem de Barcelona, vou-me escusar a esse disparate.

Ainda apanhámos um casamento na Basílica do Sagrado Coração de Jesus. Mas, numa invulgar manifestação de maturidade, ninguém disse nada na parte do "se alguém sabe de algo que... fale agora ou cale-se para sempre"



À noite, fomos à Barceloneta comer uma Paella (pois é, desta vez não fomos à champanharia). Curiosamente, li no Record 2 dias depois que o Stoichkov por lá andou 2 dias depois à (alegadamente) porrada com 2 jornalistas. O sniper só vai a sítios chiques...

Pela noite dentro, os meninos penetraram no Ravall e perderam-se nos tascos q por lá encontraram.


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Net, finalmente

Cheguei a Brno.

Tive a infeliz ideia de vir para o hotel a pé e, mais de uma hora depois, cheguei.

Felzimente, este [hotel] tem net.

Ainda vou tentar aproveitar as horas de sol para ver alguma coisa. Quando anoitecer, actualizo aqui a choça.


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04 maio 2008

Nova despedida

Caros amigos, visitantes e anónimos em geral,

Vou passar a próxima semana em turismo sexual por países da Europa de Leste (Eslováquia e Rep. Checa). Se os hoteis tiverem net à borla, talvez ainda por aqui passe para dar notícias da viagem e para concluir os postales de Barcelona.

Fiquem bem.


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02 maio 2008

Postales de Barcelona

Dia 3, sexta-feira

Sexta-feira era o dia em q chegava o Borges. Enquanto esperava que ele chegasse à Estação de França, fui dar uma agradável voltinha pelo Parque da Cidadela (cheio de meninas a apanhar sol), Museu Zoológico e Arco do Triunfo.





Como o Nuno trabalha lá ao lado, ficámos na conversa e a malhar cañas na Praça do Born (Ultimatum). Aí, tive o prazer de apanhar um belo escaldão sem dar por isso, à conta do sol que estava e que obrigava a Borges a dizer, de 3 em 3 minutos "Na Holanda, nem em Agosto está assim tão bom". Ele estava tão chato que até a senhora da mesa ao lado adormeceu de aborrecimento:



Depois de almoçarmos (de novo, na champanheria), fomos tomar café à praia, onde eu tentei subir à torre do Mitch, sem sucesso. E, como podem ver, havia imensa gente a fazer praia.



Depois, ainda tentámos andar no teleférico do porto, mas não deixaram por causa do "mau tempo". Enfim, eu acho q foi má vontade.

O resto da tarde foi passado às voltas (perdidos, diriam alguns mal intencionados) pelo bairro gótico.

Vistámos a igreja de Santa Maria Del Mar, q alberga este fantástico vitral:



Passámos pelo mercado de santa catarina, ao pé do qual comprei as minhas gafas de competição num quiosque chinês de alta categoria.



Visitámos também a catedral, onde me tiraram esta bela e tremida foto no claustro:



Ainda demos uma saltada à torre AGBAR, esse grande monumento à masculinidade:



Deixaram-nos entrar, mas só no lobby, onde apanhámos uma valente seca do segurança, que não foi na conversa de nos deixar subir.

À noite, foi a festa de aniversário de um dos 2148 arquitectos portugueses a trabalhar em Barcelona. Tapas e cañas para a malta. Esta é a foto menos tremida que eu tenho da noite, tirada na fase em que o aniversariante ainda sabia quantos anos fazia (seguiu-se a fase em que já não sabia quantos anos fazia, depois a fase em que não sabia que era ele que fazia anos e mais tarde a fase em que ninguém se lembra de nada, mas todos acordaram inteiros):



Depois do sítio das tapas e de um pub simpático com uma densidade populacional semelhante à de uma piscina municipal chinesa em Agosto, ainda fui conhecer uma das (dizem) mais badaladas discos de Barcelona, o Raz Matazz. 5 pistas, muita gente saudável, mas música boa é q era mais difícil de encontrar.

E foi assim o 3º dia. Não percam a crónica do 4º!!!


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Para pensar

A HUMANIDADE DO MAL

por Fernanda Câncio, no DN de hoje

De vez em quando surge uma história assim. Não escrevo "de vez em quando há" porque não sei, não posso saber, quantas histórias destas existem, atrás das fachadas das casas, de todas as casas. É aliás a primeira consequência de uma história assim: o desconforto com que olhamos todas as casas, na possibilidade de ocultarem histórias como esta. É uma maneira de sublimar o outro desconforto, o mais indizível.

O desconforto de saber, perante uma história como a do austríaco Fritzl e da sua filha Elizabeth, que não podemos manter o mal fora, lá fora, no desconhecido, nos desconhecidos, nos estrangeiros, nos outros, como algo de alienígena. O desconforto que nos faz pensar nos nossos pais e imaginar que podiam ser um Fritzl. Que nos podia ter sucedido isto, a nós: um dia temos 18 anos e o nosso pai fecha-nos numa cave da casa onde vivemos e nunca mais nos deixa sair. Ficamos lá 24 anos. Temos sete filhos do nosso pai. Ele leva três e deixa os outros. Que crescem ali, naquele espaço minúsculo, sem ver mais ninguém, sem nunca terem visto a rua, o sol, a chuva, a noite, sem que saibamos se algum dia vão poder sair dali. Um deles morre bebé, dos outros que foram levados nada sabemos. Nada sabemos do que se passa fora dali - tudo o que o nosso pai conta pode ser mentira. Podemos explicar aos nossos filhos que há mais que aquilo - mas haverá? E será boa ideia fazê-los sofrer com a ideia de que estão presos numa cave, ou é melhor fazer-lhes crer que é normal, aquela vida? Vivemos - como é que vivemos? Como é que sobrevivemos? Como é que não enlouquecemos? Como é que nos perdoamos o termos sobrevivido, o termo-nos habituado, o termos deixado viver assim os nossos filhos? - primeiro no terror de que o nosso pai (e ainda pensamos nele como nosso pai?) volte e depois, a partir de certa altura, no terror de que ele não volte. Porque se lhe acontecer alguma coisa morreremos ali, debaixo do chão da nossa mãe e dos nossos irmãos, sem salvação. Dependemos dele, do nosso carcereiro, algoz, violador. Ele é todo o nosso mundo, ele é tudo o que há, ele é a vida. Podemos até gostar dele. Podemos sentir qualquer coisa parecida com amor. Podemos, não podemos? Porque se isto aconteceu - e aconteceu -, se isto é possível, tudo é possível.

Não, numa história como esta não podemos falar de aumento de penas nem de mais polícia nem vociferar contra "a insegurança". Numa história como esta só podemos olhar para o rosto de Fritzl e tentar decifrar-lhe os sinais, aqueles que deveriam ter alertado toda a gente para o monstro que ali estava, e perceber que não havia maneira, que não há maneira. Nem de perceber - porque se no lugar da filha ainda nos conseguimos projectar, não há forma de pensar como será estar no dele, ser ele - nem de prevenir nem de evitar nem de adivinhar quando e como e porque é que estas coisas acontecem. Nem de encontrar castigos que apazigúem o nosso medo, e a dor e a perda horríveis, tenebrosas, destas vidas. Nenhum sistema penal ou moral nos responde a isto, nada nos protege deste mal. Porque está dentro. Das nossas casas, da nossa família, de tudo o que devia ser seguro e certo. De nós. Porque é humano, tão pavorosamente humano.


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Já não se usa

recluso serrou as grades da cela e fugiu da cadeia


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