o sniper esmiúça o sócrates

este blog não gosta do sócrates

emails para nakedsniper@gmail.com

31 janeiro 2006

Frase do dia

"Não tenho medo nenhum de mostrar o meu corpo"

- Soraia Chaves

Isto sim, são boas notícias!

Raparigas de Portugal, olhem para este exemplo!


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O colunista e o deputado

Vasco Pulido Valente (VPV) é um dos mais categorizados colunistas e opinion makers do país. Agora, acrescentou à sua actividade a participação no blogue O Espectro, criado por Constança cunha e Sá.

Nesse blog, como é seu apanágio, VPV começa logo ao ataque. No entanto, resulta bastante estranho um poste em que VPV descreve a sua actividade como deputado durante 6 meses. 6 meses em que, diz, não fez nada. Assinava o livro de presenças, lia os jornais, conversava com os colegas deputados, votava conforme era instruído.

Como é possível que VPV, colunista e blogger crítico, irreverente e incisivo, se torne tão passivo, amorfo e acrítico como deputado? Há algum vírus que contagia os deputados e lhes retira a garra, a vontade, o discernimento? Ou é simplesmente mais fácil falar e criticar do que efectivamente fazer alguma coisa? Será VPV o retrato do tuga, que "fala, fala", só sabe criticar, mas depois, quando tem a oportunidade, "não faz nada"?


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30 janeiro 2006

A polémica e tal

Para quem tem acompanhado a polémica iniciada com este poste do João Pedro George no Esplanar, depois ampliada pelo JPP, acalmada pelo Pedro Mexia e já comentada e discutida um pouco por toda a blogosfera, este poste do mesmo João Pedro George não é novidade ou surpresa.

Para quem não está ao corrente, esta é uma boa razão para ficar. Quem não queira ficar ao corrente, leia apenas o poste final (por agora) pelo sua comicidade intrínseca.


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Tem calma, Larry

Estreia hoje na rtp 2 o "Curb your Enthusiasm" ou, em português, "Calma, Larry", a sitcom de Larry David, o outro génio por detrás de Seinfeld.

Devo dizer que quando tomei conhecimento desta série, através do Pedro Mexia (isto em Outubro, Novembro), fiquei bastante curioso. Afinal, Seinfeld foi das séries que mais me marcou em toda a vida. Eu aidna sou do tempo em que dava às 2 da manhã na TVI, e eu ficava a estudar (ou a tentar) até essas horas para depois ver o episódio do dia.

Apressei-me a sacar episódios disto através do Emule e lá comecei a ver a coisa. Infelizmente, fiquei bastante desiludido.

Na série Seinfeld, o personagem George sempre foi aquele que menos achei interessante e, pior, menos achei divertido. Como esse era o personagem baseado em Larry David, eu nem devia ter ficado surpreendido com o novo programa. Sinceramente, não gostei.

O humor desta série, tal como era o persongem George, é baseado em situações estranhas, muitas vezes constrangedoras, mas que parecem sempre forçadas e pouco razoáveis, logo, pouco credíveis. Por outro lado, nem é esse o principal problema. Havia inúmeras situações no Seinfeld que não eram minimamente razoáveis e tinham bastante piada. O problema aqui é que tudo acaba por ser previsível e muito "elaborado". Não há a surpresa de que se faz a comédia. Eu até posso sorrir com várias situações (na maioria apenas fico desconfortável), mas nunca me sai uma gragalhada espontânea, nunca me atiro para o chão a rir, nunca desato a rir a meio da noite ou a meio de uma conversa por me lembrar de alguma situação do programa. E sendo assim, não vale mesmo a pena perder o meu tempo com aquilo.

Enfim, não tem a minha chancela.


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O Lírico, o incoerente e o perdido

Manuel Alegre está a ser pressioando para abandonar a Assembleia da República.

Segundo o DN, isto acontece porque os seus apoiantes acham que na AR, o poeta está demasiado exposto e "terá dificuldades em exprimir posições políticas", pois estará "sob o escrutínio da opinião pública".

É mesmo muito curioso que se façam este tipo de afirmações. Eu pensava que a Assembelia da República seria o local por excelência para se exprimirem posições políticas. Mas parece que os apoiantes de Manuel alegre discordam. Porvavelmente consideram que as posições políticas devem ser tomadas nos meios de comunicação social, onde apenas ficam as palavras e não há necessidade de as consubstanciar com acções. Ridículo!

Mais uma vez aqui se demonstra que Alegre é um político vazio, que apenas diz chavões e frases feitas e não tem capacidade para fazer nada sério e concreto. É como o movimento de cidadania que pretende encabeçar. É uma ideia muito democrática e muito poética, mas que ninguém (nem Alegre, nem os seus apoiantes) ainda percebeu o que significa na prática.

E não deixa de ser muito interessante (para não usar palavras mais cruas) que Alegre "meta atestado" na AR para ir anunciar o tal movimento de cidadania. Alguém explique por favor ao poeta que cidadania não é só uma palavra apelativa ao eleitorado.

E chega de bater no poeta.


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Grave

Ontem à noite, supostos adeptos do F.C. Porto, inconformados com o empate da sua equipa, vandalizaram o automóvel do treinador Co Adrianse, com ele lá dentro!

Hoje, Fernando Gomes, o bi-bota de ouro, ex-jogador do FCP veio dizer que estes acontecimentos eram «normais quando uma equipa não ganha e os sócios perdem a paciência»

Portanto, este senhor, que até pretende vir a ser presidente do clube, acha muito bem que os adeptos tenham este tipo de atitudes para com o treinador. Escolheu muito mal a forma de fazer oposição à direcção do clube, não haja dúvida.

Só espero que nunca venha a desempenhar nenhum cargo no FCP, nem em lado nenhum, porque mostrou claramente que não tem dignidade para tal.


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29 janeiro 2006

Grandes para quê?



Viva o Levezinho!


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Dérbi

O jogo de ontem deixou-me extremamente contente com o meu Sporting. O jogo foi emcionante, bem jogado, sem picardias, teve golos bonitos e o Sporting deu grande baile. Agora que eles mostraram do que são capazes, só apetece perguntar porque raio não jogam sempre assim.

Gostei:

- do Liedson. Jogou muito, cheio de votnade e de magia, marcou 2 golos, originou um penalty e aposto que o Anderson e o Luisão ainda vão ter pesadelos com o Levezinho por algum tempo. Renovem lá o contrato ao gajo que ele merece.

- do Sá Pinto. Foi um digno capitão. Deu o exemplo na raça e vontade de vencer, jogou bem, não vacilou no penalty e mostrou que ainda tem pulmão para dar e vender.

- do Abel. Fartou-se de carrilar jogo pela direita, fez centros perigosos (num dos quais o Liedson falhou pelos tomates duma mosca), não deixou o Simão desequilibrar e mostrou sobriedade e solidez psicológica durante o jogo todo. Pode ser que ainda me venha a surpreender.

- do meio campo em geral. Sou um pouco crítico do 442 em losango, mas com aqueles jogadores e contra adeversários que não se fecham muito até se mostra um sistema equilibrado.

Não gostei:

- de ver o Sporting a sofrer penalty pelo 3º jogo consecutivo. Vamos lá a ter mais calma aí atrás, malta.

- do Deivid. Falhou um golo fácil, nunca causou desequilíbrios, andou sempre longe da área, pareceu completamente desenquadrado da equipa e, sinceramente, gostava mais do Pinilla.


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27 janeiro 2006

Como ser um sniper

Lição nº1: a escolha do nome

No mercado actual, que se pauta por uma elevada concorrência, um dos factores distintivos mais importantes para um sniper é o seu nome (ou nickname). O nome de um sniper deve inspirar confiança nas suas chefias (caso se trate de um sniper por contra de outrem) ou nos seus contratantes (caso se trate de um sniper a recibo verde) e deve impor medo ao inimigo em geral, ao alvo em particular e também aos nativos de Capricórnio. Bons exemplos são os conhecidíssimos “Zé sniper”, “Carlos sniper Gomes”, “El Esnáiper de la Mancha” ou “Terror da Buraca”.

A pergunta que se colocará nas vossas mentes será “como fazer para conseguir engendrar um nome de tamanho gabarito?”. Pois isso não vos consigo ensinar. Mas posso-vos alertar para alguns erros básicos que devem evitar.

Os três atributos/competências chave num sniper são: camuflagem, visão e nervos de aço. Por isso, ao criar um nome, o jovem aspirante a sniper deverá evitar incluir no seu nome qualquer palavra que sugira (mesmo que ligeira ou implicitamente) um fraco desempenho nesses domínios. Serão, portanto, de evitar nomes como “o lantejoulas”, “brilha no escuro”, “mister fúcsia”, “o míope”, “zarolho de Elvas”, “o daltónico da zona sul”, “multiópticas man”, “dedo trémulo” ou “capitão xanax”.

Nomes presunçosos como “o melhor”, “best of Cacilhas” ou “number one” também são de evitar. Normalmente, quando um sniper se intitula o melhor, surgem sempre jovens pretendentes ao título que acham que a forma mais rápida de subir na carreira é matar o melhor. Sobrevive-se a um e logo surge outro, e mais outro e nunca mais se sai disso. Para além de, quando se sobreviver, este ciclo vicioso se tornar algo monótono, nunca mais se pode ver a novela descansado pois os jovens snipers não escolhem hora para assassinar nem respeitam os acordos da contratação colectiva quanto às horas de descanso.

Um último reparo prende-se com a individualidade que se pretende num sniper. Nomes apelativos e clássicos como “olho de águia” ou “olho de falcão” já estão mais do que batidos. Aliás, se se derem ao trabalho de perder uma tarde para ir ao cartório ver os registos de nomes de snipers, verificam que o olho de falcão já vai em 327 registos e olho de águia em 213. Há que convir que não é muito aliciante para um cliente contratar o sniper “olho de águia #153”. Que garantias tem ele de que o amigo que lhe deu a referência não o terá confundido com o “olho de águia #135”?

E por hoje é tudo.


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Era um assunto para a mesa do canto, fáxavor

É tramado mas, depois das presidenciais, ando com uma grave crise de falta de assunto.

Durante a campanha, não passava um dia sem algum candidato dizer alguma coisa disparatada, parva, provocatória ou apenas imbecil. E, assim, eu tinha sempre assunto. Depois das presidenciais (e excepto o poste de análise pós-traumática), a coisa tornou-se muito mais complicada.

Claro que podia começar aqui a falar do tempo, a comentar que “está frescote”, que “nunca mais vem o tempo quente” ou que “este ano temos tido um frio mais seco que o habitual, que dá cabo dos ossos e estraga a pele”. Mas não vou por aí. Como não percebo nada de meteorologia, ortopedia ou dermatologia, corria o sério risco de dizer algo disparatado, parvo ou imbecil.

Agora aqui vocês podiam pensar “Ah, mas também não percebes nada de política e fartas-te de postar e opinar sobre isso”. Ao que eu teria que responder “É verdade, mas para falar de política não é preciso perceber. Vejam a maioria dos nossos políticos”. E depois vocês diriam “Está certo, mas tu não andas por aí de fato e gravata em altos almoços e jantares por conta dos contribuintes e não apareces na TV a dormir ou a ler o jornal durante as sessões parlamentares”. Nessa altura eu, à falta de argumentos, insultava a vossa imbecilidade e tentava mudar de assunto.

Assim, a forma mais simples e menos trabalhosa de dar a volta à falta de assunto é ir dar uma olhadela ao Tracker e ver as buscas que têm vindo dar a este tasco. Tirando alguém que veio cá ter em busca de “Isabel Figueira nua” (desculpa lá o engano), despertaram-me a atenção duas buscas que vieram cá dar com o texto “como se tornar um sniper” e “como ser um sniper”. Foi aí que eu vi a luz.

Visto que andam por aí tantos jovens perdidos (dois) e desorientados porque têm o sonho de se tornarem snipers e não sabem como o fazer, achei que eu, como sniper no topo da carreira (escalão H) tinha o perfil adequado e o dever patriótico para os ajudar a realizar o seu sonho. Assim, decidi iniciar neste blog uma nova rubrica intitulada “Como ser um sniper”, em que irei partilhar com todos os interessados (e também com os desinteressados, porque eu sou uma “giving person”) todos os meus conhecimentos e experiência nesta nobre arte de matar pessoas à distância.

Se tudo correr bem, daqui a uns meses uma qualquer editora de referência contacta-me para publicar as minhas dicas em livro. Daí até aparecer num reality show da TVI e tornar-me um ídolo de massas e Rei do Carnaval da Mealhada (o meu sonho desde criança) será um pequeno passo.


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25 janeiro 2006

Piada do Dia: "o capote"

Para desanuviar dos assuntos mais sérios, deixo aqui uma piada muito gira que recebi por email.

Entitula-se "o capote" e é assim:

Num dia muito quente de Verão, um alentejano despiu o capote para fazer uma sesta debaixo de um chaparro. Passou por ali um ladrão e roubou-lhe o capote e abalou para a aldeia. Quando o alentejano acordou ficou furibundo ao ver que lhe tinham roubado o capote e cheio de raiva só pensava em apanhar o sacana.

Irritado e raivoso entra na tasca lá da aldeia e qual é o espanto dele quando vê um indivíduo com o capote dele vestido. Avança direito a ele, de punhos fechados, e pergunta:

- Olhe lá, oh amigo! Esse capote é seu?

Ao que o outro responde:

- Por acaso não, roubei-o a um gajo que estava a dormir ali debaixo de um chaparro e que tinha um sono tão profundo, que nem sentiu eu lhe ir ao cú! Mas porquê, o capote é seu?

O alentejano com um grande sorriso respondeu:

- Não, não amigo! Eu nem sequer uso capote...


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24 janeiro 2006

Eu nem queria ir por aí

Mas agora fartei-me e vai ter mesmo que ser.

Eu já expliquei abaixo que nem acho que Cavaco tenha o perfil ideal para Presidente da República, não era o candidato da minha preferência e não votei nele. Mas, o que é facto é que ele ganhou democraticamente e será o novo PR.

Mas tenho circulado pela blogosfera e tenho ficado muito desiludido com o mau perder e falta de espírito democrático de muita gente. E digo isto como crítica a duas posturas que parecem moda e que não têm lógica nem cabimento democrático.

A primeira postura que eu critico é aquela de considerar que Cavaco não tem grande legitimidade porque "só" teve 50,6% dos votos sendo, segundo o STAPE, o presidente eleito com menos votos. Dizem que assim, Cavaco não tem legitimidade para ser o presidente de todos os portugueses, como foi Mário soares, por exemplo. O que se esquecem de dizer é que Cavaco foi eleito à primeira volta, enquanto que Mário Soares à primeira volta não foi lá. Também se esquecem que as sondagens apontavam resultados claramente esmagadores para eventuais segundas voltas contra Alegre ou Soares. E também não nos podemos esquecer que Cavaco teve mais cerca de 200 000 votos que Sócrates há menos de 1 ano, e ninguém critica o PM ou o governo por falta de legitimidade democrática. Por isso, minha gente, deixem de brincar com os números e aceitem os factos.

A segunda questão tem a ver com vários blogs que têm classificado os que votaram Cavaco de burros, iludidos, anti-democráticos e coisas do género. Essa é uma postura que me irrita profundamente em certas pessoas de esquerda (tal como há pessoas de direita assim), que consideram que democracia é a esquerda ganhar sempre e todos concordarem com as suas ideias "obviamente" superiores, pois são de esquerda. Essa postura pedante e anti-democrática seria comicamente irónica se não fosse tão trágica e triste. Democracia é aceitar as opiniões e opções dos outros mesmo que sejam contrárias às nossas.

E era isto que eu tinha para dizer. Agora podem começar a chamar-me fascista, anti-democrata, etc. O que é engraçado é que votei Garcia Pereira. Ficámos em último (mesmo atrás dos brancos e dos nulos), mas não é por isso que me vou armar em parvo e brincar às demagogias.


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23 janeiro 2006

Paradoxos

É realmente uma situação de nos deixar perplexos.

A minha avó, que tem agora 85 anos, foi sempre uma pessoa simples do campo, que nunca trabalhou por conta de outrém, nunca fez descontos para a Segurança Social e nunca pagou IRS. Apesar disso, já vai na 2ª operação às cataratas (1º no olho esquerdo, agora no direito), tem consultas regulares no Hospital da Universidade de Coimbra, comparticipação nos medicamentos, etc.

A mim, que trabalho e desconto para a Sagurança Social e ADSE desde os 21 anos, que me farto de pagar impostos, quer sobre o rendimento, quer sobre o consumo, quer sobre os produtos petrolíferos, não me querem pagar ou sequer comparticipar uma mera operação para aumentar o pénis!

Eu pergunto: é isto que é a democracia??


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Impressionante

Kobe Bryant teve uma prestação fabulosa na vitória dos Lakers sobre os Raptors (por 122-104).

81 pontos, 6 ressaltos, 3 roubos, 2 assistências e um desarme de lançamento são números que já não se usam.

Esta torna-se a 2ª melhor marca de sempre (o melhor foi Wilt Chamberlain com 100 pontos) em termos de pontos marcados.


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22 janeiro 2006

Homenagem ao candidato poeta

Mauel Alegre é, sem dúvida, um dos vencedores da noite eleitoral. A ele deixo aqui a minha singela homenagem, em forma de poema:

Alegre, que rimas na bruma
E beijas peixeiras na feira.
Não é vergonha nenhuma
Ires de vela logo à primeira.

Tu que pugnas pela cidadania
E foges à partidocracia,
Conseguiste ficar em segundo
E lixaste o pai da democracia


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21 janeiro 2006

O choque

Foi uma grande desilusão, um choque, descobrir o que descobri.

O meu carro pega de empurrão!


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20 janeiro 2006

História Breve do Socialismo



(recebido por email)


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19 janeiro 2006

Notícias do mundo do desporto, parte 2

Segundo esta notícia, um jogador da NBA foi expulso dum jogo por ter saído do campo e se ter dirigido às bancadas para defender a sua esposa, que estava a ser ameaçada por um homem embriagado.

Parece também que o jogador é capaz de ser suspenso (imagine-se!!) por causa da sua atitude (se calhar o caso foi julgado no CD da Liga).

Mas enfim, se for mesmo suspenso até vem a calhar porque, com os créditos que ganhou junto da esposa, deve ter muito com que ocupar o tempo que passa em casa...


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The complete guide to being a great lover

Ou, como agradar ao sexo feminino no sexo.

Aqui, sem tabus e totalmente de grátes.


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Notícias do mundo do desporto

Rui Jorge reforça o Belenenses.

A par da dispensa de Pedro barbosa, a decisão do Sporting de prescindir do contributo de Rui Jorge para esta época foi um claro erro (já na altura em que sucedeu).

Por ser um excelente jogador e um homem com H grande, Rui Jorge merece o melhor para a sua carreira, que não podia acabar tão cedo.

Quem ganha é o Belenenses, que passa a usufruir do contributo deste grande jogador, e todos os adeptos de futebol, que podem apreciar de novo os desempenhos deste excelente praticante.

Bem vindo de volta e boa sorte.


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Desburocratização e mais

Sócrates anunciou que os actos societários vão passar a dispensar escritura pública.

Esta é uma medida que se saúda e que até vai mais longe do que eu esperaria.

Saúda-se porque, para além dos ganhos de tempo que já toda a comunicação social referiu (e que são realmente importantes), também se acaba com uma situação claramente inconstitucional que existia anteriormente, e que tem a ver com os emolumentos cobrados nesses actos.

Os emolumentos, preço cobrado pelos notários para a realização dos actos, eram, no caso de actos societários, proporcionais ao capital social da sociedade em causa. Ou seja, duas emrpesas que se dirigissem ao notário para, por exemplo, mudar a sua sede social, poderiam pagar montantes perfeitamente díspares por um serviço precisamente idêntico. É o que o Dr. Louçã poderia chamar de tributação do património, mas que era ilegal e inconstitucional, pois transformava uma taxa (preço pago por um serviço público) num imposto. Foi aliás, à conta dessa enormidade, que assistimos à rábula de a Sonae passar a fazer os seus registos em Londres e de várias empresas que transferiram os seus centros de decisão para a vizinha Espanha, onde estas barbaridades não aconteciam.

E esta medida, não me recordo exactamente do montante pois ouvi ontem na tv e no jornal não o refere, vai provocar uma quebra de receitas importante, por isso não esperava que fosse tomada. Diminuir as papeladas necessárias é algo que não custa muito ao governo fazer, agora prescindir de receitas certas para agilizar as empresas é algo que deve ser enaltecido.


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18 janeiro 2006

Say what?



(foto recebida por email)


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17 janeiro 2006

Thank you very much

Frasier: You're a good brother, and a credit to the psychiatric profession.

Niles: You're a good brother too


in Frasier, season 1, episode 2: "The space quest"


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Tiro no Porta Aviões (ou no pé)

"Não há homem mais perigoso do que aquele que não tem nada a perder"

Há que aproveitar enquanto sou jovem e não tenho responsabilidades familiares ou financeiras para denunciar alto e bom som o que está mal.

É tão bom poder ser radical e não comprometer os meus princípios.

Claro que também é bom ter um emprego e tal...


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A Briosa é muito grande

A Académica é tão grande que até se dá ao luxo de emprestar jogadores ao Benfica.


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Coincidência?

No DN de hoje, chamaram-me a atenção 2 artigos.

Num deles, Santana afirma que, apesar de não declarar apoio a Cavaco, o considera o melhor candidato (o único candidato até, visto que os outros são "candidatos contra Cavaco"), não irá votar contra o seu espaço político.

No outro, dá-se conta da tendência de descida das intenções de voto em Cavaco nas sondagens.

Coincidência?


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16 janeiro 2006

Frase do dia

"Para Mário Soares,beijar velhinhas não é campanha. É cumprimentar amigas de infância."

- Recebi por email e está muito bem amanhado.


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Karma e café

Decididamente, quando escolhemos prendas para amigos, o melhor que temos a fazer é escolher algo que nós fôssemos capazes de comprar para nós.

Ontem fui a uma piquena festa de inauguração da casa de um casal amigo e acabei por comprar uma cafeteira. No caminho ia a pensar que depois ainda ia votlar à loja e comprar uma igual para mim porque não tenho nenhuma e a cafeteira até me agradou bastante.

Cheguei e dei a prenda. Eles gostaram, mas olhei para o lado e eles tinham, não uma, mas 2 cafeteiras (vá lá, uma cafeteira e uma máquina expresso). Resultado, acabei por ficar com a cafeteira e quando lá voltar a casa deles tenho que levar outra prenda para compensar.

Por isso, já sabem, quando comprarem uma prenda para amigos, em vez de comprarem algo baratucho ou foleiro comprem algo que pudessem comprar para vocês próprios porque pode realmente dar-se esse caso.

Btw, comprei o lote Mussulo da Delta. Logo vos digo se vale alguma coisa.


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É preciso é não dramatizar

Com Cavaco teremos crise em 6 meses, diz Alegre.

Eu diria mais: com Cavaco,

em 7 meses teremos o regresso à ditadura

em 8 meses o Benfica vende o Simão

em 9 meses teremos uma praga de mosquitos

em 10 meses teremos um novo terramoto em Lisboa (com tsunami incluido)

em 11 meses o inferno vai congelar

em 12 meses seremos invadidos por extra-terrestres

no 13º mês, os extra-terrestres colocam o Santana de novo à frente do governo


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14 janeiro 2006

O sentido do meu voto

Face ao que se tem passado e comentado por aqui nos últimos tempos, parece-me pertinente clarificar um pouco a minha posição relativamente às presidenciais.

Pode soar a surpresa depois de tudo o que tenho escrito e discutido por aqui, mas não considero que Cavaco tenha o perfil ideal ou seja o candidato ideal para Presidente da República. António Guterres, António Vitorino ou Freitas do Amaral, quanto a mim, seriam muito mais adequados para o cargo. No entanto, nenhum deles avançou. Quem avançou foi Soares, depois Alegre, mais tarde Louçã e Jerónimo e finalmente Garcia Pereira.

Soares pareceu nesta campanha o príncipe da arrogância e da deselegância. Só ele (paladino da revolução e pai da democracia) tem passado, perfil e competência para PR e nós somos todos ignorantes e iludidos por termos o desplante de o não perceber.

Alegre começou bem (admito que cheguei a pensar em votar nele), mas mostrou-se, por um lado, oco no discurso e, por outro, incoerente nas atitudes. Para além de ser livre e fraterno, e de ninguém o poder impedir de fazer campanha onde quiser, não tem ideias nem propostas para o cargo a que se candidata. Tem-se desgastado mais a lutar contra o PS (embora mantenha o cargo de deputado) do que a solidificar a sua posição. Ainda assim, o candidato poeta parece capaz de ganhar a Soares.

Louçã e Jerónimo são candidatos de partido, cuja estratégia não tem nada a ver com a presidência da república, mas sim com o segurar do seu eleitorado e com o aproveitamento da cobertura mediática para atacar o governo e prosseguir a sua agenda. Compreendo a sua posição, tal como espero que compreendam que não voto neles.

Para além de considerar que Cavaco é o menos inadequado dos candidatos, comecei a ficar mais do seu lado devido ao ataque desenfreado e desleal que lhe têm movido. Desde Soares afirmar que Cavaco "não tem conversa", ou chegar à deselegência de insiuar que é mal visto internacionalmente, tudo serviu para atacar o BoliqueimeMan de uma forma claramente injusta e facciosa. E quando é assim, eu tendo a criar simpatia pela "vítima".

Depois há o Garcia Pereira, que tem sido o candidato mais coerente e positivo. Apresenta ideias, propostas e questões para debate. Não se limita a dizer que Cavaco é o papão, mas explica de que forma exerceria o seu mandato. Assim está bem.

Portanto, se alguém quiser saber, vou votar Garcia Pereira à primeira e Cavaco à segunda, se for caso disso.


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Gande forma

O cafageste parece que foi contagiado pelo Quaresma e está também em grande forma.

Querem exemplos?

1. sobre a Autoconfiança

"Perante um desafio difícil age sempre como se fosse impossível falhares: se fores caçar a Moby Dick, leva contigo o molho tártaro."

2. este teste, para descobrirem finalmente se são homens a sério ou não.


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Grande Ecran

Vi, finalmente, o Batman begins.

E atribuo-lhe a minha chancela. É, seguramente, o melhor filme de sempre do Batman.

E porque gostei deste filme? Primeiro porque não comete 2 erros crassos que costumam diminuir muitos filmes de acção no geral e os batmans anteriores em particular.

Um dos erros mais habituais nos filmes de acção é a tendência para a espectacularidade exagerada que mina toda a credibilidade do filme. Vejam o caso da Missão Impossível 2, com explosões irrealistas, acrobacias impossíveis, etc. Querem tanto ser espectaculares que acabam por se tornar ridículos. Neste filme não acontece isso. Há cenas expectaculares, há explosões, há sequências de luta, mas mantém-se sempre um certo nível de razoabilidade e o filme é mais do que apenas "stunts".

Outro dos erros habituais nos filmes de acção que resultam de séries televisivas é não conseguirem ser mais do que um episódio da série. Quando um filme é baseado num conceito televisivo bem-sucedido, existe um desafio muito grande porque o filme não pode desprestigiar a série e, para ter algum impacto, terá que ser mais do que apenas mais uma aventura dos protagonistas. Os Batmans anteriores caíam um pouco nesse erro. Neste caso, temos a história de como tudo começou. Percebemos o percurso do protagonista e deixamo-nos transportar no tempo para melhor percebermos o que fez a personagem que já conhecíamos ser dessa forma.

Para além disso, o filme está bem conduzido e conta com um elenco bastante bom.

E, como é um filme que aponta também para os adolescentes, também comporta uma componente pedagógica ajustada.


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13 janeiro 2006

Cartoon do dia



O Cavaco nem deve ter dormido de tão preocupado que ficou com as declarações do Pedrocas


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12 janeiro 2006

Cavaco desmascarado

Soares diz que há «interesses ilegítimos» por trás do cavaquismo.

E eu, através de fontes credíveis, consegui apurar que, entre esses interesses ilegítimos se encontram:

- as máfias de leste

- o bicho papão

- os klingons

- o skeletor

- um sobrinho-neto de mussolini

Be affraid, be very affraid


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Anonimato afrodisíaco?

Nos comentários ao meu poste sobre o anonimato, o Old Man aconselhou-me a manter o dito (anonimato) porque, na sua opinião, era um afrodisíaco.

Será verdade? Vamos ver.

Algumas das pesquisas que vieram dar a este tasco foram as seguintes:

- sniper (várias vezes)

- defesa e gajas

- gajas, muitas gajas

- como ser um bom sniper

- carrinhos de rolamentos

- varela gomes choque ideológico RTPN

- underwear sniper

- chama azul

Ora bem, o facto de muita gente cá vir parar em busca de "sniper" podia ser um índicio dessa propriedade afrodisíaca do meu anonimato. Mas, se assim fosse, onde estão as declarações de amor, as propostas de sexo descomprometido, o envio não solicitado de fotos eróticas? Nem nos comentários, nem no email.

Depois, aqueles que aqui vêm à procura de "gajas" não têm sorte nenhuma. Aqui procura-se gajas, não se oferece.

Quem cá veio para aprender "como ser um bom sniper" deixa-me bastante lisonjeado. E, ainda por cima está cheio de sorte, pois tenho um livro sobre isso na forja... Ou será na estante? Bom, está em algum lado e eu empresto sem problemas.

Sobre o carrinho de rolamentos e o Varela Gomes nem teço comentários. Gente que vem cá ao engano é sempre uma chatice. Felizmente, não falo neste blog de "sexo desenfreado", "fotos Pamela Anderson nua", "isabel figueira" nem de "sexo anal e oral com animais", senão era só pessoal a aparecer aqui por engano e eu não quero nada disso.

Depois aparece uma busca por "underwear sniper". Ai a malta pode pensar: "sim senhor, saiu-lhe a sorte grande." ou "é desta" ou coisas no género. Mas não, o que se passou é que foi um colega sniper que queria comprar cuecas e andava à procura de um modelo especializado na internet. Já lhe dei o contacto da loja onde habitualmente me abasteço.

Aquela busca por "chama azul" também foi claramente um engano. Só não percebi ainda se andavam à procura de gás natural ou se é alguma nova claque de apoio ao FCP. O tempo o dirá. Ou não.

Conclusão: se o anonimato é um afrodisíaco, devo ter o meu avariado, porque isto não tá a dar em nada.


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11 janeiro 2006

Disco da semana



Para mim, um dos albuns mais subvalorizados de 2005.


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Desabafo

-- begin desabafo --

Detesto pessoas que não são profissionais.

Detesto planear, organizar e implementar
para depois pessoas que apenas tinham que cumprir tarefas simples
não as cumprirem e emperrarem o processo todo.

Detesto ter que dar explicações idiotas
comprometendo-me
para salvar a face dessas pessoas.

Detesto ver coisas que podiam correr bem
mas que correm mal
porque certos incompetentes estragam tudo.

Detesto pessoas que não cumprem com os seus compromissos
e que depois tentar culpar quem quer que seja
e falam alto
e me pedem para resolver os problemas que elas próprias criaram
mesmo tendo eu oportunamente planeado tudo correctamente.

Detesto quando os maus exemplos vêm de cima
e os "subordinados" é que aguentam o forte.

Detesto distribuições de "tarefas"
em que o trabalho é distribuído para uns
e os louros para outros.

Detesto pessoas medíocres que não sabem que o são.

-- end desabafo --


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10 janeiro 2006

Diário de campanha, parte 2

Ilegal não deve ser, porque nesse caso não cometeriam tal abuso (digo eu).

Mas não será eticamente condenável que o Ministro da Justiça em funções faça discursos num comício de um dos candidatos à Presidência da República?


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Diário de Campanha

Cavaco num infantário hoje.

miúdo: Eu conheço-te! Vi-te na televisão.

Cavaco: Mas ao vivo sou mais bonito, não sou?

O homem começa-se a soltar.


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E viva os futebolistas

Declarações de um jogador brasileiro (Amoroso) sobre uma eventual transferência para o AC Milan:

“Realmente fui procurado por um funcionário oficial do Milan, que tem um cargo lá no clube, mas que me pediu sigilo. O contacto foi feito hoje (segunda-feira), mas ainda é superficial”

Mas o raio do gajo não sabe o que é sigilo?


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09 janeiro 2006

O basket intelectual

"Os meus avançados só devem correr 15 metros, a não ser que sejam estúpidos ou estejam a dormir"

Johan Cruijff


Tal como o amigo holandês vê o futebol espectáculo, também eu e alguns amigos gostamos de jogar assim basket. E até popularizámos (entre nós) o termo "basket intelectual", que se refere àquela forma de jogar o basket feita de muitos passes e cortes, de forma que a bola anda mais que os jogadores (como no modelo de Cruijff) e cada jogador acaba por ter que se desgastar muito menos do que quando quer "levar a bola pra casa".

Claro que o facto de nós apenas jogarmos assim ao Domingo de manhã, depois de uma longa noite e pouco sono, em que não temos energia para andar a correr com a bola de um lado para o outro do campo à desgarrada é uma pura coincidência.

E também é coincidência o facto de quando não estamos cansados parecer que nem nos conhecemos uns aos outros, porque ninguém passa a bola a ninguém.


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O campeonato da 2ª circular

Depois da sondagem da Católica que dava 60% a Cavaco e colocava Alegre em 2º lugar, com ligeira vantagem sobre Soares, surge agora esta sondagem da Markteste, que dá:

61% a Cavaco
14,3% a Soares
11,5% a Alegre
6,9% a Jerónimo
6,5% a Louçã
e 0,2% a Garcia Pereira

Parece aqueles anos do Penta do FC Porto, em que a meio do campeonato o FCP já levava 15 pontos de avanço e a luta era pelo 2º lugar de acesso à Liga dos Campeões.


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O anonimato

À conta de um mail e de um link, vi questionada pela primeira vez desde há muito tempo a minha opção de anonimato no blogosfera.

Primeiro fiquei um pouco surpreendido com o caso. Depois fiquei contente porque ando com dificuldades em arranjar assunto para postar e este é tão bom como outro qualquer. Não, este assunto é mesmo melhor do que muitos.

A minha opção de anonimato prendeu-se com 1 aspecto essencial, a preservação da intimidade. Não é que eu seja uma pessoa conhecida ou uma celebridade ou o que quer que seja, mas prefiro separar a minha esfera blogosférica das minhas outras esferas. Ou, pelo menos, de algumas das minhas outras esferas

Quando entrei na blogosfera era, além de cromo, docente do ensino superior, consultor, formador, espião internacional e, todas as quintas e sábados, ainda fazia uns biscates como segurança cá nuns bares em Coimbra. Para além disso, entrei para a blogosfera pela mão de um grupo de amigos que conheci pela internet, nomeada e mormente através de um fórum e de uma mailing list. E era nesse espaço que eu partia para a palhaçada e dizia disparates, fazia brincadeiras, etc. Como é lógico, não tinha interesse nenhum em ter alunos, clientes de consultoria ou espiões adversários a ler as minhas brincadeiras e a conhecer o meu lado mais pessoal. Portanto, a minha opção foi apenas uma forma de separar e proteger a minha vida profissional das brincadeiras e disparates que eu fazia e escrevia no fórum e na mailing list e que, como é óbvio, iria continuar a fazer e escrever no blog.

Ao longo da minha actividade blogueira (e já lá vão 2 anos e meio) fui conhecendo outros bloggers e fui desenvolvendo contactos com eles. Também fui publicitando junto dos meus amigos a minha actividade blogueira. Conclusão, os meus visitantes e leitores poderão ser agrupados em 2 grupos: os meus amigos da "vida real", que sabem quem é a pessoa por trás do naked sniper (e sim, eu sei que isto pode dar azo a muita brincadeira), e os meus amigos da blogosfera, para os quais é perfeitamente indiferente a minha identidade real. Claro que também há alguns cromos que aqui vêm parar perdidos por engano (grande abraço para vocês), mas a esses vou chamar carinhosamente "cromos que aqui vêm parar perdidos por engano e que não considero para esta classificação".

Assim sendo, vou continuar na blogosfera como naked sniper. Talvez um dia, quando for grande e responsável, me decida a criar um blog sério e responsável e assine o meu nome verdadeiro. Ou não


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08 janeiro 2006

Poste sindicalista

Sabiam que os docentes universitários não têm direito a subsídio de desemprego?

E fazemos os mesmos descontos que os outros tabalhadores.


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As gajas e o calçado

Tudo começou quando um amigo meu estava a gabar as sapatilhas novas que tinha comprado para jogar basket. Falou-se de preços e tal e, após eu dizer que achava que as sapatilhas eram na generalidade muito caras e que não gostava de dar muto dinheiro por elas, uma outra amiga minha que também estava na conversa disse que já tinha reparado que eu era algo "poupado" no calçado.

Isto não é novidade. O que é novidade (para mim, pelo menos) é o que ela disse a seguir. Ela disse que eu fazia mal em ter esta postura (e pelo meio insinuou que eu não tenho grande gosto para o calçado) porque o calçado era um dos primeiros aspectos em que as mulheres reparam nos homens. E ela disse que as mulheres fazem isto porque é o calçado que mais diz sobre o gosto (ou falta dele) dos homens. Combinar roupa é relativamente fácil (até porque, como ela referiu, podemos comprar o conjunto completo na loja e confiar no bom gosto do vendedor) e o verdadeiro desafio é combinar depois o calçado.

Como eu não confio muito nesta minha amiga cujo nome não vou referir (desculpa lá, Rita), fui confirmar com outra amiga minha. Ela confirmou a primeira ideia, de que as mulheres reparam bastante no calçado. E também confirmou a segunda ideia, de que eu me calço mal (no sentido de usar calçado menos adequado à roupa, porque sei enfiar bem os pés nos sapatos e até sei apertar os atacadores sozinho e o catano). No entanto, como ela sabe que eu tenho mau feitio e é muito educada usou um eufemismo (disse que eu uso calçado muito desportivo para o tipo de roupa que uso).

Para mim é uma surpresa saber que as mulheres reparam tanto no calçado. Andei eu a perder anos a estudar etiqueta para me portar bem à mesa, história, literatura e filosofia para ter uma conversa interessante e fartei-me de fugir ao fisco para juntar uns trocos e ter aspecto de bom partido e afinal bastava ter comprado umas sapatilhas abichanadas e "todas modernaças". Não há direito. Não é suposto serem as mulheres menos superficiais?

Mas agora a sério, ficará assim tão mal andar de blazer e sapatilhas? Qual é o mal de usar uns supostos "sapatos de verão" no inverno se está sol, são confortáveis e ainda por cima ficam bem ca roupa? Há alguma lei que obrigue a ter calçado de sola (ainda por cima são perigosos porque escorregam pa catano)?

Mas não é por causa disto que vou mudar de ideias ou de forma de vestir e calçar. Continuo a privilegiar o conforto e a estética adequada ao meu gosto. E se for o único a gostar delas melhor, as sapatilhas aguentam-se até aos saldos e consigo comprá-las mais baratas.

E afinal o que raio sabem essas minhas amigas? Não é como se fossem grandes gurus da moda ou o catano (uma chega a usar sapatos de mini-salto com calções de ganga).

Resultado, comprei umas sapatilhas novas (aproveitei o 1º dia dos saldos) e a primeira coisa que uma outra amiga minha (eu é só amigas) me perguntou quando lhas mostrei foi se tinham sido caras. Quando disse que não, ela respondeu que ainda bem, porque tinham aspecto de baratas. Ora foda-se!


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O fim da saga

Ao fim de quase 7 dias, finalmente o Sporting sofreu golos, e perdeu em 2006.


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06 janeiro 2006

Temos candidato!

Garcia Pereira, sem papas na língua.

Gostava de ver este senhor (que, este sim, tem razões, e muitas, de queixa da comunicação social) em debate televisivo. Será que vão deixar acontecer?


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A saga continua

O Sporting continua sem perder em 2006. E sem sofrer golos.


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05 janeiro 2006

O copianço

Já todos devem conhecer este artigo do DN, que revela um estudo que indica que mais de 60% dos estudantes universitários admite copiar nos exames.

Por mim, tenho a dizer que fiquei surpreendido. E fiquei surpreendido porquê?

Primeiro, porque (e eu sou professor) não tinha ideia de que o fenómeno fosse tão significativo. Mesmo quando era estudante (e não foi assim há tanto tempo), sempre me pareceu que era um fenómeno relativamente marginal. Havia alguns "espertos" que copiavam, mas a grande maioria não se metia nisso. Agora, 60% é um número bastante elevado, que faz pensar nesta questão. E ainda mais no Alentejo, onde os valores atingem os 75%.

A segunda questão que me surpreende é o facto de os alunos considerarem que as sanções não são sérias. Realmente, na maioria dos casos (e eu admito que faço o mesmo), em vez de os professores cumprirem o regulamento disciplinar e instaurarem um processo disciplinar aos alunos apanhados a copiar, o que se faz é dizer ao aluno para desistir de forma a salvar a face e não ficar com o currículo manchado. E eu faço isto porque, para mim, quando aluno, esta penalização era mais do que séria. Mais do que ter uma anotação qualquer no meu currículo escolar, assustava-me a possibilidade de ser considerado cábula. Podem achar idiota, mas prezo muito o meu bom nome e seria para mim vergonhoso ser apanhado a copiar. E por isso, choca-me que os alunos "se estejam a cagar" para a sua imagem e bom nome.

Não me surpreende, mas também me preocupa que o estudo demonstre que existe um ambiente favorável à cópia. É o já proverbial nacional porreirismo. Ninguém se chateia de ver colegas a copiar e não faz nada quanto a isso. Aliás, se um aluno denunciar um colega que esteja a copiar, quem fica mal visto e recebe sanções sociais é o "bufo". Aliás, ainda me lembro da surpresa que foi para mim quando um colega meu que foi de ERASMUS me contou que os holandeses (para onde ele tinha ido) não o deixavam copiar por eles nos exames (mesmo quando o prof abandonava a sala a meio da prova) e o ameaçavam que se ele persisitisse na tentativa teriam que o denunciar

E é tudo o que eu tenho a dizer sobre este tema. Obrigado pela atenção.


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04 janeiro 2006

Esqueceu-se de tomar a medicação outra vez

Mário soares, a meio da sua intervenção a criticar a suposta parcialidade da comunicação social, sai-se com esta frase brilhante:

"Não estou a atacar os jornalistas, mesmo quando eles vêm com perguntas feitas, normalmente parvas"

Eu só quero dizer que também não estou a criticar nem a atacar o Mário Soares, mesmo quando ele vem com declarações perfeitamente parvas.


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03 janeiro 2006

O ano é um bom ano

Como poderia não estar a ser um bom ano?

Já repararam que o Sporting ainda não perdeu em 2006? Nem sofreu golos.


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02 janeiro 2006

O aumento do tabaco



E, quanto a mim, ainda devia aumentar mais. Comparativamente com outros países europeus, Portugal continua a ter tabaco barato. E se o Estado aumentasse razoavelmente o imposto sobre o tabaco, podia baixar um pouco a pressão sobre os combustíveis (onde rouba à descarada). Enfim, prioridades...


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01 janeiro 2006

Grande Ecran

Em 2005, os filmes que mais me marcaram foram:

Garden State, de e com o Zach Braff

The Life Aquatic with Steve Zissou, com o Bill Murray

Sideways, com o Paul Giamatti

e também foi em 2005 que vi o "Bolos e Bolinhos 2", filme que também me agradou imenso.

O Garden State é um filme muito intimista e envolvente, que mostra um Zach Braff incrivelmente maduro, como realizador e actor. Este filme mostra um jovem que, durante anos, foi inibido de sentir. No fundo, conta uma história de redescoberta interior e o despertar de novos sentimentos e sensações. Tudo isto com um toque subtil e inteligente de humor. Quem ainda não viu, deve redimir-se rapidamente.

O Life Aquatic (em português alguém se lembou de traduzir para "um peixe fora de água") é o puro non-sense. É a história de uma equipa de cientistas marítimos (tipo a minha amiga blackbelly, do Pano do Pó) que começa a parecer anacrónica no seu próprio meio e que aposta tudo numa última "aventura" com tudo para correr mal. Imprescindível, também.

O Sideways penso que todos conhecerão. Nomeado para 5 oscars, venceu apenas o de melhor argumento adaptado. O mais curioso é que as opiniões enológicas emitidas pelo protagonista do filme tiveram um grande impacto nos Estados Unidos. O vinho que ele mais apreciava e gabava no filme (o pinot noir) aumentou bastante as suas vendas e o que ele abominava ("I am NOT drinking merlot") desceu. Mas, mais do que um filme sobre vinhos, é um filme sobre a amizade e sobre a maturidade e as grandes decisões da vida.

O Bolos e Bolinhos é o completo disparate e a galhofa total. Desde cantar com escuteiros o "põe tua mão na mão do teu senhor" a grandes perseguições em carrinhos de rolamentos, o filme é mesmo muito divertido. Tem é 2 ou 3 bolinhas vermelhas no canto porque em cada 5 palavras que os protagonistas dizem, 7 são asneiras.


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Aviso à navegação

Roubar electricidade a uma baixada de obras para fazer uma rave de rebelhão não é tão simples e isento de complicações posteriores como possa parecer.

E o que raio será essa tal de "fita isoladora" de que tanto nos falaram?

Ah! Welcome to 2006.


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